Contaminação microbiológica em alimentos proteicos e energético para atletas

  • Bruna Pereira Molina Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil
  • Amanda dos Santos Paulo Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil
  • Camila Heloí­sa Ruela Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil
  • Joseane Almeida dos Santos Nobre Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Glenys Mabel Caballero Córdoba Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Roselene Canato Felipe de Oliveira Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Piracicaba-SP, Brasil.
Palavras-chave: Suplementos alimentares, Atletas, Contaminação microbiológica

Resumo

Objetivos: Verificar a qualidade microbiológica dos suplementos alimentares whey protein, albumina e maltodextrina. Materiais e métodos: Foram analisados os suplementos whey protein, albumina e maltodextrina, sendo selecionadas três marcas diferentes para cada produto e três embalagens de lotes iguais de cada marca, os testes foram executados em triplicata, totalizando 81 amostras. A diluição seriada foi realizada em caldo BHI (Brain Heart Infusion), após esse processo foi feita a inoculação do material em placas de Petri contendo Plate Count Ágar (PCA), Ágar MacConkey e Ágar Sabouraud, em seguida fez-se a contagem de unidades formadoras de colônias nas placas de PCA que apresentaram crescimento superior a 20 UFC/mL e por fim foi realizado o procedimento de identificação das bactérias com o auxí­lio do Enterokit B. Para análise da composição centesimal da amostra, realizou-se a determinação do teor de umidade e proteína. Resultados: Das análises realizadas, em 25% delas foram identificados dois tipos de bactérias Gram-negativas oportunistas pertencentes ao grupo das Enterobactérias, sendo Citrobacter freundi e Serratia spp. e em 88% das marcas analisadas, foi constado contaminação fúngica. Conclusão: Os suplementos alimentares analisados apresentaram um padrão de qualidade nutricional aceitável para os parâmetros estudados. No entanto, os suplementos demonstraram má qualidade higiênica, pois constatou-se a presença de patógenos secundários, bolores e leveduras.

Biografia do Autor

Bruna Pereira Molina, Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil

Graduanda em Nutrição na Faculdade de Americana.

Amanda dos Santos Paulo, Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil

Graduanda em Nutrição na Faculdade de Americana.

Camila Heloí­sa Ruela, Faculdade de Americana (FAM), Americana-SP, Brasil

Graduanda em Nutrição na Faculdade de Americana.

Joseane Almeida dos Santos Nobre, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.

Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, Minas Gerais, Brasil.

Glenys Mabel Caballero Córdoba, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.

Doutora em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, Minas Gerais, Brasil.

Roselene Canato Felipe de Oliveira, Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Piracicaba-SP, Brasil.

Farmacêutica Bioquí­mica, Especialista em Análises Clí­nica e Tecnológica pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Piracicaba, São Paulo, Brasil.

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Publicado
2018-10-29
Como Citar
Molina, B. P., Paulo, A. dos S., Ruela, C. H., Nobre, J. A. dos S., Córdoba, G. M. C., & de Oliveira, R. C. F. (2018). Contaminação microbiológica em alimentos proteicos e energético para atletas. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 12(73), 565-573. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1079
Seção
Artigos Científicos - Original