Estudo comparativo do comportamento glicêmico em exercí­cio aeróbio e de força em indiví­duos fisicamente ativos e condições do dia a dia

  • Natália Madeira da Costa Santos Programa de Pós-Graduação Lato-sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
  • Jordanna Vasconcelos Pires Programa de Pós-Graduação Lato-sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
  • João Carlos Nunes Universidade de Cuiabá- Faculdade de Educação Fí­sica
  • Francisco Navarro Programa de Pós-Graduação Lato-sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio
Palavras-chave: Glicemia, Exercício aeróbio, Exercício de força, Condições habituais

Resumo

A vida moderna trouxe inúmeros benefícios para a sociedade, mas também alguns problemas decorrentes dessa evolução, que acarretaram o aumento da síndrome metabólica em grande parte da população. Com o objetivo de analisar o comportamento da glicemia em dois tipos de exercícios, o aeróbio e o de força, em condições normais do dia a dia, dez alunos, do gênero masculino, adaptado aos exercícios, de uma academia em Cuiabá. Estes realizaram o exercício aeróbio de vinte minutos de esteira, a uma intensidade de 70 a 80% da frequência cardíaca máxima, e no exercício de força realizaram o Leg Press 45° e o Supino Reto com barra, a uma intensidade de 70 a 80% de 1RM, determinada anteriormente. As coletas sanguíneas para a dosagem da glicemia foram realizadas no exercício aeróbio da seguinte forma: No repouso e a cada cinco minutos do teste, até completar os vinte minutos do mesmo. Já no exercício de força iniciou-se a coleta no repouso, na quinta e décima repetição de cada exercício realizado. Os testes apresentaram uma relação significativa (p< 0,036) para o exercício aeróbio e (p< 0,008) para o exercício de força. Conclui-se que a glicemia comporta-se de maneira diferenciada de modo geral, onde no exercício aeróbio a glicemia reduziu ao final do teste a valores menores que os iniciais, e já no de força, o inverso pode ser observado, onde os valores glicêmicos finais foram maiores que os iniciais, sendo assim a variação da glicemia irá depender do exercício realizado e se houve alimentação ou não.

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Publicado
2012-01-12
Como Citar
Santos, N. M. da C., Pires, J. V., Nunes, J. C., & Navarro, F. (2012). Estudo comparativo do comportamento glicêmico em exercí­cio aeróbio e de força em indiví­duos fisicamente ativos e condições do dia a dia. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 3(18). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/148
Seção
Artigos Científicos - Original

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