Consumo de alimentos ultraprocessados de alunos do ensino fundamental II associado a prática de atividade física insuficiente durante a pandemia de covid-19

  • Fernando Almeida da Silva Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros (EAD/Unimontes), Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
  • Vivianne Margareth Chaves Pereira Reis Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros (EAD/Unimontes), Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
  • Welington Danilo Soares Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros (EAD/Unimontes), Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
  • Ronilson Ferreira Freitas Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros (EAD/Unimontes), Montes Claros, Minas Gerais, Brasil; Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas, Brasil.
  • Fernanda Muniz Vieira Faculdade Favenorte de Porteirinha (FAVEPORT), Porteirinha, Minas Gerais, Brasil.
  • Alenice Aliane Fonseca Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros (EAD/Unimontes), Montes Claros, Minas Gerais, Brasil; Faculdade Favenorte de Porteirinha (FAVEPORT), Porteirinha, Minas Gerais, Brasil.
Palavras-chave: Hábitos alimentares, Atividade Física, Isolamento Social, Estilo de Vida

Resumo

Objetivo: Este estudo buscou analisar o consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados em alunos do ensino fundamental II. Materiais e Métodos: Foi realizado estudo descritivo de corte transversal e caráter quantitativo. A coleta de dados foi realizada através do Google Forms. As variáveis analisadas no estudo foram: consumo alimentar, perfil sociodemográfico e antropométrico, nível de atividade física, comportamento sedentário, percepção da imagem corporal, tempo de tela, padrões de sono e autopercepção do estado de saúde. O teste Qui-quadrado de Pearson foi realizado para avaliar associações entre as variáveis. Resultados: Participaram do estudo 287 adolescentes, com média de idade de 12,97 anos DP±1,30, sendo 60,3% (n=173) do sexo feminino e 39,7% (n=114) masculino. Identificou-se que a maioria dos alunos (63,4%; n=182) consumiram de forma excessiva alimentos ultraprocessados durante o período de isolamento social pela pandemia de Covid-19. Observou-se associação significativa entre os alunos que praticam atividade física menos que 180 minutos por semana (p=0,022). Conclusão: Conclui-se que o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 impactou o comportamento alimentar dos alunos, tendo sido registrada elevada prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados, estando esta condição associada à inatividade física.

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Publicado
2023-01-15
Como Citar
Silva, F. A. da, Reis , V. M. C. P., Soares, W. D., Freitas, R. F., Vieira, F. M., & Fonseca, A. A. (2023). Consumo de alimentos ultraprocessados de alunos do ensino fundamental II associado a prática de atividade física insuficiente durante a pandemia de covid-19. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 17(102), 1-10. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/2067
Seção
Artigos Científicos - Original