Diferentes distribuições de macronutrientes aliadas ao treinamento resistido na perda de gordura e melhora da composição corporal

  • Leandro Kazuhiro Kuroda Universidade Anhembi Morumbi
  • Caio Cezar da Fonseca Graduando do curso de Educação Fí­sica. Universidade Anhembi-Morumbi, São Paulo, SP
  • Avany Bon Universidade Anhembi Morumbi
  • Michel Dacar Universidade Anhembi Morumbi
  • Luciana Setaro Universidade Anhembi Morumbi
Palavras-chave: Composição corporal, Nutrição esportiva, Treinamento resistido, Dieta

Resumo

O problema com excesso de gordura corporal cresce a cada ano e a nutrição aliada ao treinamento resistido (TR) tem se mostrado uma promissora intervenção na melhora da composição corporal. Entretanto, o impacto de diferentes distribuições dos macronutrientes dietéticos aliado ao TR sobre mudanças dos compartimentos magro e gordo corporais ainda não está bem elucidado. Sendo assim, o presente estudo analisou a influência da manipulação dos macronutrientes dietéticos na melhora da composição corporal em iniciantes de TR. Método: Dez praticantes saudáveis e fisicamente não ativos, do sexo masculino, com idade compreendida entre 18 e 24 anos e que não usavam quaisquer tipos de suplementos alimentares participaram de um programa de TR, três dias por semana, por um período de seis semanas. Os participantes foram divididos em dois grupos: dieta normoprotéica (0,8-1,0 g/ kg peso) e dieta hiperprotéica (1,6-1,8 g/ kg peso). Foi aplicado um registro alimentar de três dias no início (p0), após 3 semanas (p3) e ao final do estudo (p6) para verificar a aderência à dieta. A avaliação antropométrica e o teste de 1-RM foram realizados no início (p0) e ao final do estudo (p6). Resultados: Os resultados mostraram correlação negativa entre aumento da ingestão calórica e a perda de gordura corporal (r=0,926). Entretanto, não foi observada nenhuma relação dos diferentes distribuições de macronutrientes na melhora da composição corporal. Conclusão: Outros fatores independentes da dieta possivelmente influenciam a hipertrofia muscular e a alteração da composição corporal em indivíduos engajados em TR e o maior consumo calórico não induz maior ganho de massa magra.

Biografia do Autor

Leandro Kazuhiro Kuroda, Universidade Anhembi Morumbi

Aluno Bolsista de Iniciação Cientí­fica 2010/2011 e 2011/2012

Michel Dacar, Universidade Anhembi Morumbi

dsadasda

Referências

-Brown, L. E.; Weir, J. P.;Oliveira, H. B.; Bottaro, M.; Lima, L. C. J.; Fernandes, J. Recomendação de procedimento da Sociedade Americana de Fisiologia do Exercício (ASEP) 1: avaliação precisa da força e potência muscular. Rev Bras de Cien Mov. Vol. 11. Núm. 4. P. 95-110. 2003.

-Cuppari, L. N. Nutrição clínica no adulto. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar (UNIFESP/EPM). São Paulo. Manole. 2002.

-Denysschen, C. A.; Burton, H. W.; Horvath, P. J.; Leddy, J. J.; Browne, R. W. Resistance training with soy vs whey protein supplements in hyperlipidemic males. J Int Soc Sports Nutr. Vol. 6. Núm. 8. 2009.

-Dunstan, D. W.; Daly, R. M.; Oewn, N.; Jolley, D.; DeCourten, M.; Shaw, J.; Zimmet, P. High-intensity resistance training improves glycemic control in older patients with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 25. Núm. 10. p. 1729-36. 2002.

-Food and Nutrition Board, NRS, NAS, RDA, 10ª edição.. Washington, National Academy Press, 1989.

-Hartman, J. W.; e colaboradores. Consumption of fat-free fluid milk after resistance exercise promotes greater lean mass accretion than does consumption of soy or carbohydrate in young, novice, male weightlifters. Am J Clin Nutr. Vol. 86. p. 373-81. 2007.

-Hunter, G. R.; Byrne, N. M;, Sirikul, B.; Fernández, J. R.; Zuckerman, P.A.; Darnell, B. E.; Gower, B. A. Resistance training conserves fat-free mass and resting energy expenditure following weight loss. Obesity (Silver Spring). Vol. 16. Núm. 5. p. 1045-51. 2008.

-Ibánez, J.; Izquierdo, M.; Martínez-Labari, C.; Ortega, F.; Grijalba, A.; Forga, L.; Idoate, F.; Garcia-Unciti, M.; Fernández-Real, J. M.; Gorostiaga, E. M. Resistance training improves cardiovascular risk factors in obese women despite a significative decrease in serum adiponectin levels. Obesity (Silver Spring). Vol. 18. Núm. 3. p.535-41. 2010.

-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares. Antropometria e Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e Adultos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010.

-Jackson, A. S.; Pollock, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. Br J Nutr. Vol. 40. Núm. 3. p. 497-503. 1978.

-Joo, N. S.; Park, Y. W.; Park, K. H.; Kim, C. W.; Kim, B. T. Application of Protein-Rich Oriental Diet in a community-based obesity control program. Yonsei Med J. Vol. 52. Núm. 2. p.249-56. 2011.

-Kerksick, C.;Harvey, T.;Stout, J.;Campbell, B.;Wilborn, C.;Kreider, R.;Kalman, D.;Ziegenfuss, T.;Lopez, H.;Landis, J.; Ivy, J. L.; Antonio, J. International Society of Sports Nutrition position stand: nutrient timing. J Int Soc Sports Nutr. Vol. 5. Núm. 17. 2008.

-Layman, D. K. The role of leucine in weight loss diets and glucose homeostasis. J Nutr. Vol. 133. Núm.1. p. 261S-267S. 2003.

-Lockwood, C.M.; Moon, J.R.; Tobkin, S.E.; Walter, A.A.; Smith, A.E.; Dalbo, V.J.; Cramer, J.T,; Stout, J.R. Minimal nutrition intervention with high-protein/low-carbohydrate and low-fat, nutrient-dense food supplement improves body composition and exercise benefits in overweight adults: A randomized controlledtrial. Nutr Metab (Lond). Vol. 21. p. 5-11. 2008.

-Mettler, S.; Metchell, N.; Tipton, K. D. Increased protein intake reduces lean body mass loss during weight loss in athletes. Med Sci Sports Exerc. Vol. 42. Núm.2. p. 326-37. 2010.

-Oh, S. W. Body-mass índex and mortality in Korean men and women. N Eng J Med. Vol. 355. p. 2701. 2006.

-Oliveira, P. V.; Baptista, L.; Moreira, F.; Lancha, A. H. Correlação entre a suplementação de proteína e carboidrato em indivíduos submetidos a um programa de treinamento com pesos. Rev Bras Med Esporte. Vol. 12. Núm. 1. p.51-55. 2006.

-Organização Mundial da Saúde. Obesity and overweight. Fact sheet. Núm.311. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/index.html. Acessado em 20/04/2011.

-Philips, S. M. Resistance exercise: good for more than Just Grandma and Granpa ́s muscles. Appl Physio Nutr Metab. Vol. 32. p. 1198-1205. 2007.

-Rodriguez, N. R.; Dimarco, N. M.; Langley, S.;American Dietetic Association; Dietetians of Canada; American College of Sports Medicine. Position of the American Dietetic Association, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J Am Diet Assoc. Vol. 109. Núm. 3. p. 509-27. 2009.

-Thalacker-Mercer, A. E.; Petrella, J. K.; Bamman, M. N. Does habitual dietary intake influence myofiber hypertrophy in response to resistance training? A cluster analysis. Appl Physio Nutr Metab. Vol. 34. Núm. 4. p. 632-9. 2009.

-Trabulsi, J.;Schoeller, D. A. Evaluation ofdietary assessment instruments against doubly labeled water, a biomarker of habitual energy intake. Am J Physiol Metab. Vol. 281. p. E891-E899. 2001.

-WilbornC. D.; Willoughby, D. S. The role of dietary protein intake and resistance training on myosinheavy chain expression. J Int Soc Sports Nutr. Vol. 1. Núm. 2. p.27-34. 2004.

-Wilson J., Wilson, G. J. Contemporary issues in protein requirements and consumption for resistance trained athletes. J int Soc Sports Nutr. Vol. 3. Núm. 1. p. 7-27. 2006.

Publicado
2012-04-18
Como Citar
Kuroda, L. K., da Fonseca, C. C., Bon, A., Dacar, M., & Setaro, L. (2012). Diferentes distribuições de macronutrientes aliadas ao treinamento resistido na perda de gordura e melhora da composição corporal. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 6(31). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/239
Seção
Artigos Científicos - Original