Consumo dietético e estado de hidratação em corredores de longa distância

  • Thaysa Passos Nery Chagas Universidade Tiradentes (UNIT). Sergipe. Brasil.
  • Estélio Dantas Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, Brasil; Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) da Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, Sergipe, Brasil;
  • Wiliane Santos Mestranda pela Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (Labimh), Universidade Tiradentes.
  • Tiago Oliveira Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).
  • Lúcio Souza Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).
  • Temistoklys Santos Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).
  • Manuela Lima Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).
  • Eduardo Prado Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Programa de Pós-graduação em Nutrição; Maceió, Alagoas, Brasil;
Palavras-chave: Dieta, Desidratação, Exercício

Resumo

O objetivo desse trabalho foi descrever o consumo dietético e o estado de hidratação em corredores de longadistância. Foram avaliados dez corredores do sexo masculino (45,5 ± 21,5 anos), durante uma corrida prolongada (30 km). A ingestão dietética foi determinada utilizando recordatório alimentar de 24 h, antes da corrida prolongada. O valor energético total (VET) e o gasto energético total (GET) também foram determinados. O estado de hidratação foi analisado através das alterações percentuais (Δ%) da massa corporal (MC), índice de coloração e gravidade específica (GE) urinárias, antes e após a corrida. Não houve diferença significativa (P = 0,521) entre o VET (3571,0 ± 416,3) e o GET (3231,1 ± 135,4). O consumo de macronutrientes foi de 60,6 ± 2,3 % (carboidratos); 21,0 ± 2,8 % (proteínas); e 18,2 ± 1,8 % (lipídios). O consumo de vitamina C, vitamina E, zinco, cobre e selênio foram respectivamente de: 415,3 ± 135,0 mg/d; 14,7 ± 4,6 mg/d; 9,1 ± 2,0 mg/d; 658,0 ± 118,0 μg/d; e 118,0 ± 28,3 μg/d. Houve redução do Δ% da MC (~ 3). Nenhuma diferença foi encontrada na GE (1026,0 ± 2,3 para 1022,5 ± 2,8; P = 0,125) e noíndice de cor da urina (5,2 ± 0,6 para 6,7 ± 0,3; P = 0,052) entre os momentos pré e pós corrida. Porém, níveis de desidratação foram observados entre os corredores. Conclui-se que um inadequado consumo dietético e níveis de desidratação foram observados entre corredores de longa distância.

Biografia do Autor

Thaysa Passos Nery Chagas, Universidade Tiradentes (UNIT). Sergipe. Brasil.

Graduada em Eduação Fí­sica pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).

Estélio Dantas, Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, Brasil; Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) da Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, Sergipe, Brasil;

Departamento de Educação Fí­sica da Uiversidade Tiradentes. Área Educação Fí­sica.

Wiliane Santos, Mestranda pela Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (Labimh), Universidade Tiradentes.

Mestranda pela Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (Labimh), Universidae Tiradentes.

Tiago Oliveira, Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).

Gruduado em Educação Física pela Universidade Tiradentes (UNIT). Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).

Lúcio Souza, Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).

Gruduado em Educação Fí­sica pela Universidade Tiradentes (UNIT). Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).

Temistoklys Santos, Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).

Gruduando em Educação Fí­sica pela Universidade Tiradentes (UNIT). Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).

Manuela Lima, Pesquisadora do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH). Universidade Tiradentes (UNIT).

Gruduando em Educação Fí­sica pela Universidade Tiradentes. Pesquisador do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).

Eduardo Prado, Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Programa de Pós-graduação em Nutrição; Maceió, Alagoas, Brasil;

Departamento de Educação Fí­sica. Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Referências

-Amaya-Farfan, J.; Domene, S. M. Á.; Padovani, R. M. DRI: síntese comentada das novas propostas sobre recomendações nutricionais para antioxidantes. Rev Nutr. Vol. 14. Núm. 1. p. 71-78. 2001.

-American Dietetic Association, Dietitians of Canada, American College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance. J Am Diet Assoc. Vol. 109. Núm. 3. p. 509-527. 2009.

-American College of Sports Medicine, Rodriguez N. R., Di Marco N. M., Langley S. American College of Sports Medicine position stand. Nutrition andathletic performance. MedSci Sports Exerc. Vol. 41. p. 709-731. 2009.

-Armstrong, L.E.; Maresh, C. M.; Castellani, J. W.; Bergeron, M.F.; Kenefick R.W.; Gasse, K. E.L.; Riebe, D. Urinary indices of hydration status. Int. J. Sport Nutr. Vol. 4. p. 265-279. 1994.

-Batista E. S.; Costa, A. G. V.; Pinheiro-Sant’Ana, H. M. Adição da vitamina E aos Alimentos: implicações para os alimentos e para a saúde humana. Rev. Nutr. Vol. 20. Núm. 5. p. 525-535. 2007.

-Bianchini, R.; Penteado, M. V. C. Vitamina E. In: Vitaminas: aspectos nutricionais, bioquímicos, clínicos e analíticos. Manole. p. 23-164. 2003.

-Brown, R. C. Nutrition for optimal performance during exercise: carbohydrate and fat. Curr Sports Med Rep. Vol. 1. p. 222-229. 2002.

-Burke, L. M.; Loucks, A. B.; Broad, N. Energy and carbohydrate for training and recovery. J Sports Sci. Vol. 24. p. 675-685. 2006.

-Burke,L. M.; Kiens B.; Ivy J. L. Carbohydrates and fat for training and recovery. J Sports Sci. Vol. 22. p. 15-30. 2004.

-Casa, D. J.; Armstrong, L. E.; Hillman, S. K.; Montain, S. J.; Reiff, R. V.; Rich, B. S. E.; e colaboradores. National Athletic Trainers’ Association Position Statement: Fluid Replacement for Athletes. J Athl Train. Vol. 35. Núm. 2. p. 212-224. 2000.

-Cheuvront, S. N.; Montain, S. J.; Sawka, M. N. Fluid replacement and performance during the marathon. Sports Med. Vol. 37. Núm. 4-5. p. 353-357. 2007.

-Cheuvront, S. M.; Sawka, M. N. Avaliação da Hidratação de Atletas. Sports Science Exchange. Vol. 46. p.1-4. 2006.

-Costa , R. J. S.; Crockford, M. J.; Moore, J. P.; Walsh, N. P. Department of Health Professions, Coventry University, Coventry, UK.Extremes Research Group, Bangor University, Bangor. UK.

-Economos, C. D.; Bortz, S. S.;Nelson,M. E. Nutritional practices of elite athletes. Pratical recommendations. Sports Med. Vol. 16. Núm. 6. p. 381-399. 1993.

-Finn,J. P.; Wood,R.J. Incidence of pre-game dehydration in athletes competing at an international event in dry tropical conditions. Nutr Diet. Vol. 61. Núm. 4. p. 221-225. 2004.

-Gleeson M., Bishop N.C. Elite athlete immunology: importance of nutrition. Int J Sports Med. Vol. 21. Suppl. 1. p. S44-50. 2000.

-Klotz, L. O.; e colaboradores. Role of copper, zinc, selenium and tellurium in the cellular defense against oxidative, and nitrosative stress. Journal of Nutition. Philadelphia. Vol.133. p.1448S-1451S. 2003.

-Machado-Moreira, C. A.; Vimeiro-Gomes, A.C.; Silami-Garcia, E.; Rodrigues, L. O. C. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Núm. 6. p. 405-409. 2006.

-Martins, J.C.B.; Dantas, A.H.M.; Navarro, S.Z. Diferentes tipos de Hidratação Durante o Exercício prolongado e sua influência sobre o sódio plasmático. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 1. Núm. 1. p. 13-22. 2003.

-Maughan, R.J.; Shirreffs, S.M. Nutrition for Sports Performance: issues and opportunities. Proceding of the Nutrition Society. London. Vol. 71. Núm.1.p. 112-119. 2012.

-Nogueira, J. A.; Da Costa, T. H. Nutrient intake and eating habits of triathletes on a Brazilian diet. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism. Champaign. Vol.14. Núm. 6. p. 684-697. 2004.

-Oliveira, K. J. F.; Koury, J. C.; Donangelo, C. M. Micronutrientes e capacidade antioxidante em adolescentes sedentários e corredores. Rev. Nutr. [online]. Vol. 20. Núm. 2. p. 171-179. 2007.

-Ormsbee, M. J.; Bach, C. W.; Baur, D. A. Pre-exercise nutrition: The role of macronutrients, modified starches and supplements on metabolism and endurance performance. Nutrients. Vol. 6. Núm. 5. p. 1782-1808. 2014.

-Panza, V.P.; Pacheco, M. S. P.; Coelho, H.; Di Pietro, P. F.; Assis, M. A. A.; Vasconcelos, F. A. G. Consumo Alimentar de Atletas: Reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos. Revista de Nutrição. Vol. 20. Num. 6. 2007.

-Peinado, A. B.; Rojo-Tirado, M. A.; Benito P. J. Sugar and physical exercise; the importance of sugar for athletes. Nutr Hosp. Vol. 28. Suppl. 4. p. 48-56. 2013.

-Periard, J.D.; Racinais, S.;Sawka, M.N. Adapitation and mechanisms of human heat acclimation. Scand J. Med Sci Sports. Vol. 25. Suppl. 1. p. 20-38. 2015.

-Petry, E. R.; Alvarenga, M. L.; Cruzat, V. F.; Toledo, J. O. T. Suplementações Nutricionais e Estresse Oxidativo: implicações na atividade física e no esporte. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. Vol. 35. Núm. 4. p. 1071-1092. 2013.

-Prado, E. S.; Barroso, S. S.; Góis, H. O; Reinert, T. Estado de hidratação em nadadores após três diferentes formas de reposição hídrica na cidade de Aracaju-SE. Fitness & Performance Journal. Vol. 8. Núm. 3.p.218-225.2009.

-Prasad, A. S. Impact of the discovery of human zinc deficiency on health. Journal of the American College of Nutrition. Vol. 28. p. 257-265. 2009.

-Racinais, S.; Alonso, J.; Coutts, A.; Flouris, A.; Girard, O.; Gonzalez-Alonso, J.; Hausswirth, C.; Jay, O.; Lee, J.; Mitchell, N. Consensus recommendations on training and competing in the heat. Scandinavian Journalof Medicine andScience in Sports. Vol. 25. Suppl. 1. p. 6-19. 2015.

-Roy H.J.; Lovejoy J.C.; Keenan M.J.; Bray G.A.; Windhauser M.M.; Wilson J. K. Substrate oxidation and energy expenditure in athletes and nonathletes consuming isoenergetic high-and low-fat diets. Am J Clin Nutr. Vol. 67. p. 405-411. 1998.

-Sawka, M. N.; Montain, S. J. Fluid and electrolyte supplementation for exercise heat stress. American Journal of Clinical Nutrition. Bethesda. Vol. 72. Núm. 2. p. 564-572. 2000.

-Sunde, R. A.; Raines, A. M. Selenium regulation of the seleno protein and non seleno protein transcriptomes in rodents. Advances in Nutrition. Vol. 2. p. 138-150. 2011.

-Wierniuk,A.; Wlodarek,D. Assessment of physical activity, enery expenditure and energy intake of young men practicing aerobic sports. National Institute of public healt. 2013.

-Yavari, A.; Javadi, M.; Mirmiran, P.; Bohadoran, Z. Exercise-Induced Oxidative Stress and Dietary Antioxidants. Asian J Sports Med. Vol. 6. Núm. 1. p. e24898. 2015.

-Zalcman, I.; Guarita, H. V.; Juzwiak, C. R.; Crispim, C. A.; Antunes, H. K. M.; Edwards, B. Tufik, S.; Mello, M. T. M. Nutritional status of adventures racers. Nutrition. Vol. 23. Núm. 5. p. 404-411. 2007.

Publicado
2016-08-02
Como Citar
Passos Nery Chagas, T., Dantas, E., Santos, W., Oliveira, T., Souza, L., Santos, T., Lima, M., & Prado, E. (2016). Consumo dietético e estado de hidratação em corredores de longa distância. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 10(58), 439-447. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/669
Seção
Artigos Científicos - Original