Delineamento glicêmico para verificação da captação glicêmica após diferentes treinamentos de força: Força Máxima versus Resistência de Força

  • Jussara Cristina Ricci Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Estácio, Fisiologia do Exercício: Prescrição do Exercício.
  • Rafaela Liberali Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Estácio - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio
  • Antonio Coppi Navarro Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Estácio - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio
Palavras-chave: Exercício físico, Musculação, Glicemia, Insulina

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a glicemia após dois treinamentos de força; treino de hipertrofia ou força máxima e treino de resistência de força; a fim de verificar a eliminação de glicose até 80 minutos após o treino, estando diretamente ligado aresposta insulínica. Realizou-se com uma amostra de oito mulheres ativas e saudáveis um treino de força máxima. Após um mês, realizou-se com as mesmas, um treinamento de resistência de força. Foi coletada glicemia capilar antes do treino, após o treino e 10, 15, 20, 40, 60 e 80 minutos após a ingestão de 75 gramas de dextrose. O teste foi aplicado também na ausência de exercício no terceiro mês. Coletou-se também para controle de dados, a idade, altura, peso corporal e período do ciclo menstrual de cada amostra. Para análises dos dados amostrais utilizou-se média, desvio padrão e coeficiente de variação; enquanto para análise dos dados coletados com a aplicação dos testes foi utilizado também o teste de hipótese adotando p≤0,05. Obteve-se média de captação de glicose livre após os treinamentos equivalente a 9,625mg/dL (p=0,8283) no treino de resistência de força e de 0,625mg/dL (p=0,7930) no treino de força máxima; 26,9% e 1,75% a mais, respectivamente, quando comparado a captação em repouso. Os dois treinamentos apontam sugestiva melhora na eliminação da glicose circulante. O treino de resistência de força apresentou captação de 25,17% a mais quando comparado ao treino de força máxima; porém, qualquer dos treinamentos não obtiveram resultados significantes comparado ao repouso, acusando p˃0,05.

Referências

-American College of Sports Medicine e American Diabetes Association. Diabetes Mellitus e Exercício: Posicionamento Oficial Conjunto. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 6. Núm. 1. 2000.

-Boulé, N. G.; e colaboradores. Effects of Exercise Training on Glucose Homeostasis: The Heritage Family Study. Diabetes Care. Vol. 28. Núm. 1. p.108-114. 2005.

-Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Diabetes Mellitus. Vol. 16. Brasília, 2006, 64p.

-Breen, L.; e colaboradores. Beneficial Effects of Resistance Exercise on Glycemic Control are not Further Improved by Protein Ingestion. Plos One. Vol. 6. Núm. 6. p. 20613. 2011.

-Brooks, N.; e colaboradores. Strength training improves muscle quality and insulin sensitivity in Hispanic older adults with type 2 diabetes. International Journal of Medical Sciences. Vol. 4. Núm. 1. p. 19-27. 2007.

-Cardoso, L. M.; Ovando, R. G. M.; Silva, S. F.; Ovando, L. A. Aspectos importantes na prescrição do exercício físico para o Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 1. Núm. 6. p. 59-69. 2007. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/58/57>

-Castro, M.H. Exercício e Diabetes Mellitus tipo 2. (Monografia). Licenciatura em Desporto e Educação Física, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Porto, 2009. 44p.

-Croymans, D. M.; e colaboradores. Resistance training improves indices of muscle insulin sensitivity and β-cell function in overweight/obese, sedentary young men. Journal of Applied Physiology. Vol. 115. Núm. 9. p. 1245-1253. 2013.

-Dubé, J. J.; e colaboradores. Exercise-induced alterations in intramyocellular lipids and insulin resistance: the athlete’s paradox revisited. American Journal of Physiology. Endocrinology and Metabolism. Vol. 294. Núm. 5. p. 882-888. 2008.

-Ferreira, G. F.; Bressan, J.; Marins, J. C. B. Efeitos metabólicos e hormonais do exercício físico e sua ação sobre a síndrome metabólica. Revista Digital. Vol. 13. Núm. 129. 2009.

-Guttierres, A.P. M.; Marins, J. C. B. Os efeitos do treinamento de força sobre os fatores de risco da síndrome metabólica. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 11. Núm. 1. 2008.

-Guyton, A.C. Fisiologia Humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 564p.

-Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ªedição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 1115p.

-Heijden, G. J.; e colaboradores. Strength Exercise Improves Muscle Mass and Hepatic Insulin Sensitivity in Obese Youth. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 42. Núm. 11. p. 1973-1980. 2010.

-Lee, S.; e colaboradores. Effects of Aerobic Versus Resistance Exercise WithoutCaloric Restriction on Abdominal Fat, Intrahepatic Lipid, and Insulin Sensitivity in Obese Adolescent Boys. American Diabetes Association. Vol. 61. Núm. 11.p. 2787-2795. 2012.

-Lyra, R.; e colaboradores. Prevenção do Diabetes Mellitus tipo 2. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia. Vol. 50. Núm. 2. 2006.

-Newsom, S. A.; e colaboradores. A Single Session of Low-Intensity Exercise Is Sufficient to Enhance Insulin Sensitivity Into the Next Day in Obese Adults. Diabetes Care. Vol. 36. Núm. 9.p. 2516-2522. 2013.

-Nogueira, A. C. O exercício resistido com peso promove uma maior eficiência na queda da glicemia em pacientes com diabetes quando comparado com exercício aeróbico. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 4. Núm. 22.p. 342-351. 2010. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/258/260>

-Paula, F.; Souza, S. A.; Ávila, M. V. P. Diabetes tipo 2 e treinamento de força: uma revisão. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 3. Núm. 16. p. 350-355. 2009. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/133/131>

-Roberts, C. K.; Hevener, A. L.; Bernard, R. J. Metabolic Syndrome and Insulin Resistance: Underlying Causes and Modification by Exercise Training. Comprehensive Physiology. Vol. 3. Núm. 1. p. 1-58. 2013.

-Wasserman, D. H.; e colaboradores. The physiological regulation of glucose flux into muscle in vivo. The Journal of Experimental Biology. Vol. 214. Núm. 2. p. 254-262. 2011.

Publicado
2016-08-08
Como Citar
Ricci, J. C., Liberali, R., & Navarro, A. C. (2016). Delineamento glicêmico para verificação da captação glicêmica após diferentes treinamentos de força: Força Máxima versus Resistência de Força. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 10(59), 587-593. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/696
Seção
Artigos Científicos - Original