Efeito da suplementação com carboidrato no desempenho de corredores

  • Carlos André Salvadeo Junior Faculdade de Tietê, Universidade Brasil, São Paulo-SP, Brasil
  • Claudio Oliveira Assumpção Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Movimento Humano, Instituto de Educação Fí­sica e Esportes, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.
  • Marcelo Conte Pós-graduação em Fisiologia do Exercício e Treinamento, Faculdade Anhanguera Educacional de Sorocaba. Sorocaba-SP, Brasil.
  • Luis Felipe Milano Teixeira Universidade de Sorocaba, Sorocaba-SP, Brasil. Grupo de Estudo e Pesquisa em Exercício Física e Adaptações Neuromusculares (GEPEFAN), Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil. Departamento de Atividade Física Adaptada, Faculdade de Educação Física, Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil.
Palavras-chave: Carboidrato, Intensidade do exercício, Suplementação

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar se a suplementação de carboidrato (CHO) pode melhorar o desempenho em atividades de alta intensidade e média duração. Participaram do estudo 6 corredores do gênero masculino, treinados e hí­gidos, com 30 ± 6,4 anos, 171,3 ± 2,8 metros, 74,1 ± 4,6 Kg; VO2máx de 49 ± 3,7 ml/kl/min, velocidade do Lan de 10,8 ± 0,5 Km/h e com experiência média de 3,1 ± 1,8 anos na modalidade. Após seleção dos sujeitos todos foram submetidos a testes de potência aeróbia e composição corporal. Cada sujeito foi submetido a duas situações experimentais, I) 30 minutos de corrida em esteira com intensidade correspondente ao Limiar anaeróbio (LAn) com suplementação de CHO seguidos de 10 minutos contra o relógio e II) 30 minutos de corrida em esteira com intensidade correspondente ao LAn, sem suplementação de CHO e utilização de substância placebo seguidos de 10 minutos contra o relógio. Observamos que a velocidade média no contrarrelógio e o VO2máx no LAn apresentaram diferenças significantes (aumento de 5,69% e supressão de 4,18% respectivamente), já a frequência cardí­aca não apresentou diferença estatí­stica entre as condições placebo e CHO. Concluí­mos que houve melhora nos resultados apresentados com a suplementação de CHO, podendo ser uma estratégia para melhorar o desempenho em corridas de curta duração e alta intensidade.

Biografia do Autor

Carlos André Salvadeo Junior, Faculdade de Tietê, Universidade Brasil, São Paulo-SP, Brasil

Possui graduação em Licenciatura em Educação Fí­sica pela Faculdade Integração Tietê FIT, Bacharelado em Educação Fí­sica pela Uirapuru Superior/Anhanguera Educacional. Especialização em Fisiologia do Exercí­cio e Treinamento pela Faculdade Anhanguera Educacional de Sorocaba. Especialização em Medicina do Esporte e da Atividade Fí­sica pela Faculdade Estácio de Sá. Atua ou possui experiência na área de Educação Fí­sica escolar, ginástica laboral, natação, preparação fí­sica de esportes coletivos (Voleibol Feminino e Futebol Masculino), Treinamento de goleiros de futebol, personal trainer (enfase em musculação), docente no ensino superior e Coordenador do curso de Educação Fí­sica da Faculdade Integração Tietê FIT/UNIESP, coordenação técnica de campeonatos de futebol e futsal do Municí­pio de Tietê/SP e técnico desportivo.

Claudio Oliveira Assumpção, Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Movimento Humano, Instituto de Educação Fí­sica e Esportes, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.

Possui graduação em Educação Fí­sica, especialização em Fisiologia do Esforço e mestrado em Educação Fí­sica pela Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP (1999, 2001 e 2006 respectivamente); Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias pelo Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; UNESP campus de Rio Claro em 2014, onde é Membro do Laboratório de Avaliação da Performance Humana-LAPH. Atualmente é Professor Adjunto I junto ao Instituto de Educação Fí­sica e Esportes da Universidade Federal do Ceará (IEFES-UFC) em Fortaleza, onde coordena o Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio e Performance Humana (LAFEPH) e lidera o Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Movimento Humano cadastrado no CNPq. Atua principalmente nos seguintes temas: dano muscular, economia de movimento, alterações cinéticas e cinemáticas induzidas pelo exercí­cio, efeito protetor, alterações bioquí­micas e endócrinas induzidas pelo exercí­cio, qualidade de vida, treinamento aeróbio e resistido, aptidão fí­sica. 

Marcelo Conte, Pós-graduação em Fisiologia do Exercício e Treinamento, Faculdade Anhanguera Educacional de Sorocaba. Sorocaba-SP, Brasil.
Formado em Educação Física, possui Mestrado em Educação Física (Linha de Pesquisa: Ciências do Esporte) pela Universidade Estadual de Campinas e Doutorado em Medicina (Linha de Pesquisa: Oftalmologia Esportiva) pela Universidade Federal de São Paulo - Departamento de Oftalmologia. Professor titular da Escola Superior de Educação Física de Jundiaí, professor convidado no curso de Especialização da ESEFJ e Orientador no Programa de Pós Graduação em Oftalmologia e Ciências Visuais (Mestrado Profissional) da UNIFESP (Linha de Pesquisa: Oftalmologia Esportiva). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Ciências do Esporte e Oftalmologia Esportiva, atuando principalmente nos seguintes temas: fisiologia humana e fisiologia do exercício, treinamento resistido e oftalmologia esportiva. Coordenador Técnico-Científico do BOS FIT (Centro de Atividades Físicas do Banco de Olhos de Sorocaba-Hospital Oftalmológico de Sorocaba), Presidente do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ciências do Esporte e Coordenador do Grupo de Estudos em Esportes a Motor e Performance Física.
Luis Felipe Milano Teixeira, Universidade de Sorocaba, Sorocaba-SP, Brasil. Grupo de Estudo e Pesquisa em Exercício Física e Adaptações Neuromusculares (GEPEFAN), Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil. Departamento de Atividade Física Adaptada, Faculdade de Educação Física, Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil.
Luis Felipe Milano Teixeira é Doutorando em Educação Física pela Universidade de Campinas (Linha de Pesquisa: Educação Física Adaptada - UNICAMP), Mestre em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (Linha de Pesquisa: Performance Humana - UNIMEP - 2008), especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (ICB-USP - 2004), e graduado em Licenciatura Plena em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de Jundiaí (ESEFJ - 2002). Atualmente é Docente na Universidade de Sorocaba, além de professor convidado nos cursos de especialização da ESEFJ e FEFISO, também atua como professor efetivo da rede de ensino do Município de Sorocaba e como Coordenador Operacional do Centro de Atividade Física do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS-Sorocaba), é membro pesquisador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Ciências do Esporte (NEPECE,BOS-Sorocaba), membro pesquisador do grupo de estudo e pesquisa em exercício físico e adaptações neuromusculares (GEPEFAN-UNICAMP) e líder pesquisador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Saúde e Envelhecimento (NEPESE, UNISO, Sorocaba).

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Publicado
2019-01-25
Como Citar
Salvadeo Junior, C. A., Assumpção, C. O., Conte, M., & Teixeira, L. F. M. (2019). Efeito da suplementação com carboidrato no desempenho de corredores. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 13(77), 123-130. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1265
Seção
Artigos Científicos - Original