Avaliação da rotulagem e informação nutricional de suplementos proteicos importados no Brasil

  • Hércules Rezende Freitas Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva
  • Tiago Barreto Bizarello Escola de Nutrição, Universidade Federal Fluminense
  • Ursula Soares Romano Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva - LANES, Escola de Nutrição, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Paula Gabriela Bragança da Silva Santana Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva - LANES, Escola de Nutrição, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Rafael Haubrich Santos da Silva Escola de Nutrição, Universidade Federal Fluminense
  • Isabelle Paes Leme de Castro Escola de Nutrição, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Nutrientes, Proteína dietética, Condicionamento físico, Esportes

Resumo

A prática esportiva possui benefícios claros à saúde, desde que em níveis moderados. Entretanto, a busca por otimização do rendimento e aprimoramento estético tem oportunizado a venda e consumo de diversos produtos ditos ergogênicos. Consumidores geralmente não demonstram interesse nas informações a respeito destes produtos, fator que contribui com o crescimento indiscriminado do mercado de suplementação. Foi objetivo deste estudo avaliar as adequações na informação nutricional de suplementos protéicos para atletas frente ao rótulo do produto no país de origem e às legislações nacionais que se referem aos suplementos e produtos embalados. A verificação das informações obrigatórias de rotulagem foi baseada nas Resoluções RDC Nº 18/2010 e RDC nº 259/2002, do Ministério da Saúde. Foram coletadas informações apenas de alimentos protéicos comercializados em estabelecimentos especializados no Município de Niterói, RJ. Foram obtidos e analisados 27 rótulos. Dentre os produtos, 89% (n=24) apresentaram informação nutricional na língua portuguesa, e 11% (n=3) em sua língua original. Quanto as irregularidades, apenas 7,4% (n=2) apresentaram-se em total acordo com as Resoluções de referência, enquanto 92,6% (n=25) continham alguma incorreção. Os resultados permitem concluir que a rotulagem dos suplementos protéicos importados, no que tange à informação nutricional, não possui a padronização devida, desobedecendo em grande parte dos casos, a um ou mais requesitos estabelecidos pela Resolução nacional vigente.

Biografia do Autor

Hércules Rezende Freitas, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva

Graduando em Nutrição na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e em Ciências Biológicas na Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Graduação incompleta em Nutrição na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), membro da Biochemical Society (London/Uk) desde 2014, Aluno de Iniciação Cientí­fica em Neuroquí­mica no Instituto de Biofí­sica Carlos Chagas Filho, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF-UFRJ), Fundador e Diretor Cientí­fico da Liga Acadêmica de Nutrição Esportiva na Escola de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (LANES-UNIRIO), Estagiário em Controle de Qualidade no Departamento de Microbiologia, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS-FIOCRUZ), Bolsista de extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PROExC-UNIRIO).

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Publicado
2015-04-03
Como Citar
Freitas, H. R., Bizarello, T. B., Romano, U. S., da Silva Santana, P. G. B., da Silva, R. H. S., & de Castro, I. P. L. (2015). Avaliação da rotulagem e informação nutricional de suplementos proteicos importados no Brasil. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 9(49), 14-24. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/489
Seção
Artigos Científicos - Original