Avaliação da ingestão de proteí­na e suplementação em praticantes de musculação em uma academia de Erechim-RS

  • Jaine Micheli Mazon Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil
  • Marta Beatriz Santolin Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil
  • Dayanne Carla De Bastiani Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil
Palavras-chave: Treino de resistênia, Dieta hiperproteíca, Suplementos alimentares

Resumo

Atualmente,é incentivada a prática de exercícios fí­sicos e a adoção de uma alimentação equilibrada. Entre praticantes de musculação observa-se o uso de suplementos alimentares, por muitas vezes de forma exagerada, desnecessária e sem orientação adequada. Muitos acreditam que sem o uso destes não seria possí­vel atingir seus objetivos. Porém, sabe-se que para a manutenção da saúde e boa aptidão fí­sica são suficientes dietas balanceadas e diversificadas. O objetivo desse estudo foi avaliar a ingestão de proteí­na alimentar e também a suplementação utilizada por praticantes de musculação em uma academia em Erechim-RS. Foram avaliados 60 indiví­duos, sendo 37 (61,7%) do sexo masculino e 23 (38,3%) do feminino, com média de idade de 25,5 anos (±4,3). A ingestão de proteí­na foi avaliada através da média obtida em inquérito alimentar retrospectivo de 3 dias e o uso de suplementos foi questionado e observado. A procura pela musculação foi maior pelos participantes do sexo masculino (61,7%). Destes, 80% objetivavam hipertrofia e 95,2% fazia o uso de suplementos. O objetivo perda de peso foi observado em 73.3% das mulheres. Notou-se que do total da amostra 46,7% (n=28) ingeriam quantidades de proteí­na acima do recomendado. Além disso, 35% (n=21) ingeriam suplementos alimentares, sendo que somente 28,6% o fazia com orientação devida. Este estudo sugere que praticantes, mesmo demonstrando consciência da relação positiva entre treino e dieta e de que o uso de suplementos é dispensável, na maioria dos casos, ainda procuram estes recursos. Destaca-se a necessidade de acompanhamento com nutricionista.

Biografia do Autor

Jaine Micheli Mazon, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil

Nutricionista, departamento das Ciências da Saúde - URI - Erechim. Pós-Graduanda em Nutrição Esportiva e Fisiologia do Exercí­cio - URI Erechim.

Marta Beatriz Santolin, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil

Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI - Erechim, Mestra em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo = UPF (RS - Brasil). 

Dayanne Carla De Bastiani, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Erechim-RS, Brasil

Graduada em Nutrição pelo Curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Maria, campus Palmeira das Missões - RS - Brasil.

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Publicado
2019-01-01
Como Citar
Mazon, J. M., Santolin, M. B., & De Bastiani, D. C. (2019). Avaliação da ingestão de proteí­na e suplementação em praticantes de musculação em uma academia de Erechim-RS. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 12(76), 972-979. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1184
Seção
Artigos Científicos - Original