Os efeitos do treinamento resistido na osteoporose: uma revisão sistemática

  • Simone da Silva Andrade Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Preparação e Sistematização do Exercí­cio Personalizado, Universidade de Marí­lia (UNIMAR/SP)
  • José Nunes da Silva Filho Laboratório de Atividade Fí­sica e Promoção da Saúde, Instituto de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Palavras-chave: Exercício físico, Treinamento de resistência, Osteoporose

Resumo

Introdução: Atualmente os problemas relacionados à perda de densidade mineral óssea (DMO) atingem em média uma porcentagem entre 7.9% a 16% das mulheres com idades iguais ou acima de 50 anos, sendo considerada um grave problema para saúde pública. Objetivo: do estudo foi verificar se há na literatura ensaios clínicos controlados que utilizaram em seus tratamentos o treinamento resistido e obtiveram desfechos positivos no aumento da DMO dos voluntários. Metodologia: um estudo de revisão baseada nas recomendações PRISMA, que iniciou com a escolha dos termos-chaves através do DeSC e do MeSH. Logo após, realizou-se filtros nas principais bases de dados: SciELO; PUBMED, e no site de busca Scholar Google, por haver diversos artigos que não estão indexadas nas bases supracitadas. Foram selecionados os termos chave na língua portuguesa: Treinamento de Resistência, Treino de Força, Osteoporose, Deficiência de Cálcio, Exercício, e na língua inglesa: Resistance Training, Strength Training, Osteoporosis, Calcium Deficiency, Exercise. Os termos foram inseridos nos sites de buscas, separados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. A busca e seleção dos artigos contemplados aconteceram entre Maio a Junho/2014. Resultados: após a busca sistematizada foram inclusos 06 ensaios clínicos que atenderam os critérios de elegibilidade, sendo que em apenas 1 deles não houve melhora significativa na DMO. Conclusão: verificou-se que o TR pode ser uma proposta positiva quanto à sua segurança e sua eficácia do para pessoas com problemas relacionados à DMO.

Biografia do Autor

Simone da Silva Andrade, Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Preparação e Sistematização do Exercí­cio Personalizado, Universidade de Marí­lia (UNIMAR/SP)

Profissional de Educação Fí­sica. Especialista em Fisiologia do Exercí­cio: Preparação e Sistematização do Exercí­cio Personalizado (UNIMAR/SP); Professora da rede Municipal de Ensino (Paraguaçu Paulista).

José Nunes da Silva Filho, Laboratório de Atividade Fí­sica e Promoção da Saúde, Instituto de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Mestrando em Educação Fí­sica (Ciências do Exercí­cio e do Esporte - UGF/RJ); Pós Graduado emFisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio (UGF/SP - 2013); Pós Graduado em Psicopedagogia Clí­nico-Institucional (ESAB/ES - 2011); Graduado em Educação Fí­sica (ESEFAP/Tupã-SP - 2009). Experiência profissional em Treinamento Resistido na Saúde e na Doença. Fui Coordenador Geralde Atividade Fí­sica na Empresa Corpo & Vida e SESI Academia, Body e Life Academia (Dez/2011 a Fev/2013). Experiência como Professor Escolar no Ensino Infantil I e II na Secretaria Estadual da Educação de Rondônia (2010 à 2012) e Centro de Ensino Mineiro (2012)

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Publicado
2015-04-03
Como Citar
Andrade, S. da S., & Silva Filho, J. N. da. (2015). Os efeitos do treinamento resistido na osteoporose: uma revisão sistemática. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 9(50), 144-149. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/520
Seção
Artigos Científicos - Original