Diabetes tipo 2 e treinamento de força: uma revisão

  • Fabrí­cio de Paula Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva
  • Samuel Amorim de Souza Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva
  • Marcus Viní­cius Pimenta de Ávila Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva
Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 2, Exercício físico, Alterações metabólicas, Treinamento de força

Resumo

Introdução: Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia e disfunções cardiovasculares, as quais podem ser controladas com exercícios físicos, controle dietético e tratamento farmacológico. Objetivo: verificar os mecanismos por meio dos quais o treinamento de força provoca alterações metabólicas e celulares que podem agir positivamente para portadores de diabetes tipo 2. Revisão de Literatura: Pesquisas recentes têm demonstrado que o treinamento de força melhora o controle glicêmico, a resistência insulínica, ganho de massa muscular e redução da composição corporal lipídica, além de atuar diretamente na qualidade de vida dos portadores da doença. O objetivo desse estudo foi verificar os mecanismos por meio dos quais o treinamento de força provoca alterações metabólicas e celulares que podem agir positivamente para portadores de diabetes tipo 2. Conclusão: pode-se concluir que o treinamento de força é uma ferramenta importante para o controle, tratamento e prevenção do diabetes melittus tipo 2, pois promove: aumento da sensibilidade à insulina, eleva a captação de glicose pelo músculo, reduz as concentrações de lipídeos séricos (como LDL e triacilglicerol), além de potencializar força muscular e o ganho de massa corporal magra, por meio de mecanismos de sinalização intracelular de insulina como o GLUT-4 e a via PI3q/Akt.

Referências

- Aiello, L.P.; Cahill, M.T.; Wong, J.S. Systemic considerations in the management of diabetic retinopathy. American Journal of Ophthalmol. Vol. 135. 2001. p. 760-776.

- Arsa, G.; e Colaboradores. Diabetes Mellitus tipo 2: Aspectos fisiológicos, genéticos e formas de exercício físico para seu controle. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 11. Núm. 1. 2009. p.103-111.

- Cardoso, L.M.; e Colaboradores. Aspectos importantes na Prescrição do exercício físico para o diabetes mellitus 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. Núm. 6. 2007. p. 59-69.

- Castaneda, C.; e colaboradores. A randomized controlled trial of resistance exercise training to improve glycemic control in older adults with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 25. Núm. 12. 2002. p. 2335–2341.

- Cauza, E.; e colaboradores. Strength and endurance training lead to different post exercise glucose profiles in diabetic participants using a continuous subcutaneous glucose monitoring system. European Journal of Clinical Investigation. Vol. 35. 2005. p. 745–751.

- Cauza, E.; e colaboradores. The relative benefits of endurance and strength training on the metabolic factors and muscle function of people with type 2 diabetes mellitus. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. Vol. 86. 2005. p.1527-1533.

- Ciolac, G.; Guimarães, G.V. Exercício físico e síndrome metabólica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 10. Núm. 4. 2004. p. 319-324.

- Cuff, D.J.; e colaboradores. Effective exercise modality to reduce insulin resistance in women with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 26. Núm. 11. 2003. p. 2977–2982.

- Derave, W.; e colaboradores. Combined creatine and protein supplementation in conjunction with resistance training promotes muscle GLUT-4 content and glucose tolerance in humans. Journal of Applied Physiology. Vol. 94. Núm. 1. 2003. p. 1910-1916.

- Dunstan, D.W.; e colaboradores. High-intensity resistance training improves glycemic control in older patients with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 25. Núm. 10. 2002. p.1729–1736.

- Eijnde, B.O.E.; e colaboradores. Effect of oral creatine supplementation on human muscle GLUT4 protein content after immobilization. Diabetes. Vol. 50. 2001. p.18-23.

- Eves, N.D.; Plotnikoff, R.C. Resistance training and type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 29. Núm. 8. 2006. p.1933-1941.

- Francischi, R.P.P.; e Colaboradores. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 13. Núm. 1. 2000. p. 17-28.

- Guttierres, A.P.M; Marins, J.C.B. Os efeitos do treinamento de força sobre os fatores de risco da síndrome metabólica. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 11. Núm. 1. 2008. p. 147-158.

- Herriott, M.T.; e colaboradores. Effects of 8 weeks of flexibility and resistance training in older adults with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 27. Núm. 12. 2004. p. 2988-2989.

- Holten, M.K.; e colaboradores. Strength training increases insulin-mediated glucose uptake, GLUT4 content, and insulin signaling in skeletal muscle in patients with type 2 diabetes. Diabetes. Vol. 53. 2004. p. 294–305.

- Ibañes, J.; e colaboradores. Twice-weekly progressive resistance training decreases abdominal fat and improves insulin sensitivity in older men with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 28. Núm. 3. 2005. p. 662–667.

- Juel, C.; e colaboradores. Effects of strength training on muscle lactate release and MCT1 and MCT4 content in healthy and type 2 diabetic humans. The Physiological Society. Vol. 556. Núm. 1. 2004. p. 297-304.

- Misra, A.; e colaboradores. Effect of supervised progressive resistance-exercise training protocol on insulin sensitivity, glycemia, lipids, and body composition in asian indians with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 31. Núm. 7. 2008. p. 1282–1287.

- Pauli, J.R.; Cintra, D.E.; de Souza, C.T.; Ropelle, E.R. Novos mecanismos pelos quais o exercício físico melhora a resistência à insulina no músculo esquelético. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabolismo. Vol. 53. Num. 4. 2009. p. 399-408.

- Pessin, J.E.; Saltiel, A.R. Signaling pathways in insulin action: molecular targets of insulin resistance. Journal of Clinical Investiment. Vol. 106. 2000. p. 165-169.

- Sigal, R.J.; e colaboradores. Activity/ exercise and type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 27. Núm.10. 2004. p. 2518-2539.

- Tokmakidis, S.P.; e colaboradores. The effects of a combined strength and aerobic exercise program on glucose control and insulin action in women with type 2 diabetes. European Journal of Applied Physiology. Vol. 92. 2004. p.437–442.

- Venables, M.C.; e colaboradores. Effect of acute exercise on glucose tolerance following post-exercise feeding. European Journal of Applied Physiology. 2007. Vol. 100. Num. 6. 2007. p. 711-717.

- White, M.F. The IRS-signalling system: a network of docking proteins that mediate insulin action. Molecular Cell Biochemistry. 1998. Vol. 182. p. 3-11.

- Willey, K.A.; Singh, M.A.F. Battling insulin resistance in elderly obese people with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 26. Núm. 5. 2003. p. 1580-1588.

- World Health Organization. Obesity: preventing managing the global epidemic. Geneva: World Health Organization; 1998.

Publicado
2012-01-11
Como Citar
de Paula, F., Souza, S. A. de, & Ávila, M. V. P. de. (2012). Diabetes tipo 2 e treinamento de força: uma revisão. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 3(16). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/133
Seção
Artigos Científicos - Original