Composição corporal e alimentação de atletas de bocha adaptada

  • Taiza Cristina de Oliveira Santos Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.
  • Juliana Masami Morimoto Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.
  • Renata Furlan Viebig Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.
  • Marcia Nacif Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.
Palavras-chave: Esporte paralímpico, Bocha adaptada, Antropometria, Alimentação

Resumo

O jogo de bocha foi introduzido aos jogos olí­mpicos em 1984, e é sabido que o esporte seja praticado desde os anos 70 por atletas deficientes. A modalidade é disputada por atletas de grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo. Há poucas pesquisas relacionadas a esse público, sendo o objetivo do presente estudo avaliar a composição corporal e a alimentação de um time de bocha adaptada em São Paulo. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 13 atletas de bocha adaptada, de ambos os gêneros. Para a avaliação da alimentação dos atletas aplicou-se um Questionário de Frequência Alimentar e para avaliação de composição corporal, foram aferidas dobras cutâneas (tricipital, subescapular, suprailí­aca, abdominal e coxa), altura de joelho e circunferências de braço e panturrilha. Foram avaliados 9 atletas do sexo masculino e 4 indiví­duos do sexo feminino, com idades entre 26 e 60 anos. Observou-se que a maioria dos atletas apresentou eutrofia em relação ao IMC, entretanto, 53% foram classificados como tendo alta porcentagem de gordura corporal. Em relação a alimentação, verificou-se que o consumo de alimentos de grupos alimentares de grande importância como leites e derivados, verduras, legumes e frutas, se mostrou insuficiente para todos os atletas, assim como a ingestão hí­drica, que também se apresentou abaixo do recomendado. Conclui-se que é necessário o acompanhamento nutricional dos atletas, para melhor qualidade de vida e desempenho fí­sico.

Biografia do Autor

Taiza Cristina de Oliveira Santos, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.

Universidade Presbiteriana Mackenzie
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Curso de Nutrição

Juliana Masami Morimoto, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.

Universidade Presbiteriana Mackenzie
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Curso de Nutrição

Renata Furlan Viebig, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.

Universidade Presbiteriana Mackenzie
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Curso de Nutrição

Marcia Nacif, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP, Brasil.

Universidade Presbiteriana Mackenzie
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Curso de Nutrição

Referências

-ACSM. American College of Sports Medicine. AND. Academy of Nutrition and Dietetics (AND). Dietitians of Canada. Nutrition and Athletic Performance. Med Sci Sports Exerc. Vol.48, Num. 3. 2016. p.543-568.

-ANDE. Associação Nacional de Desporto para Deficientes. Bocha. 2019. Disponível em: <http://ande.org.br/modalidades-bocha/>.

-Bauman, W.A.; Sungen, A.M.; Rothestein, J.; Raza, M.; Rothstein, J.; Zhang, R.L. Coronary artery disease: metabolic risk factors and latent disease in individuals with paraplegia. Mt SinaiJ Med. Vol. 59. 1992. p. 63-168.

-Brasil. Guia Alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. 2014.

-Chumlea, W.A.; Roche, A.F.; Mukherjee, D. Nutritional assessment of the elderlythrough anthropometry. Columbus: Ross Laboratories; 1987.

-CPB. Comitê Paralímpico Brasileiro. Bocha. 2019. Disponível em 12 de fevereiro, 2019, de <http://www.cpb.org.br/modalidades/bocha>.

-Cuppari, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2ª edição. Rev. e ampl. Manole. 2014. p.171-173.

-Dermirel, S.; Demirel, G.; Tukek, T.; erk, O.; Yilmaz, H. Risk factors for coronary heartdisease in patients with spinal cord injury in Turkey. Spin Cord. Vol. 39. 2001. p. 134-138.

-Duran-Aguero, S.; e colaboradores. Anthropometric profile of elite Chilean Paralympic athletes. Rev Esp Nutr Hum Diet. Vol. 20. Num. 4. 2016. p. 307-315.

-Guedes, D.P.; Guedes, J.E.R.P. Proposição de equações para a predição da quantidade de gordura corporal em adultos jovens. Semina. Vol.12. 1991. p. 61-70.

-Kocina, P. Body composition of spinal cord injured adults. Sports Med. Vol. 23. 1997. p. 48-60.

-Lohman, T.G. Advances in body composition assessment. Champaigm: Human Kinetics. 1992.

-Nacif, M.; Viebig, R. F. Avaliação antropométrica nos ciclos da vida: uma visão prática. 2ª. edição. São Paulo. Editora Metha. 2011.

-Oliveira, G.L.; Gonçalves, P.S.P.; Oliveira, T.A.P.; Silva, J.R.V.; Fernandes, P.R.; Fernandes-Filho, J. Composição corporal e somatotipo de atletas da seleção brasileira de futebol de 5: equipe paralímpica Rio 2016. Rev. Fac. Med. Vol. 66. Num. 1. 2018. p. 25-29.

-Ribeiro, S.M.L; Silva, R.C.; Tirapegui, J. Nutrição Esportiva: uma visão prática. São Paulo. Editora Manole. 2014.

-Santos, M.V.L.; Batista, L.S.; Virginia Tessarotto, V.; Freitas, C.D.; Fogaça, G.L.P.A.; Nacif, M. Perfil antropométrico e consumo alimentar de atletas de basquetebol em cadeira de rodas da região metropolitana de São Paulo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 10. Num. 58. 2016. p. 467-473. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/678>

-SBME. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações Dietéticas, Reposição Hídrica, Suplementos Alimentares e Drogas: Comprovação de Ação ergogênica e Potenciais Riscos para à Saúde. Rev Bras Med Esporte. Vol. 15. Num. 3. 2009. p. 2-12.

-Spungen, A.M.; Bauman, W.A.; Wang, J.W.; Pierson, R.N. The relation between total body potassium and resting energy expenditure in individuals with paraplegia. Arch Phys Med Rehab. Vol. 74. 1993. p. 965-968.

-WHO. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: World Health Organization.1998.

Publicado
2019-09-09
Como Citar
Santos, T. C. de O., Morimoto, J. M., Viebig, R. F., & Nacif, M. (2019). Composição corporal e alimentação de atletas de bocha adaptada. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 13(79), 384-389. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1366
Seção
Artigos Científicos - Original