O tipo de exercí­cio fí­sico interfere na frequência da prática de atividade fí­sica, comportamento sedentário, composição corporal e estado nutricional do idoso?

  • Daniel Vicentini de Oliveira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas-SP, Brasil
  • Thiago Petronilio de Souza da Silva Centro Universitário Metropolitano de Maringá (UNIFAMMA), Maringá-PR, Brasil
  • Fabiana Cristina Scherer Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR, Brasil
  • José Roberto Andrade do Nascimento Júnior Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina-PE, Brasil
  • Mateus Dias Antunes Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR), Maringá-PR, Brasil
Palavras-chave: Atividade motora, Envelhecimento, Nutrição, Gerontologia, Aptidão física

Resumo

Introdução: O envelhecimento está associado com mudanças fisiológicas que resultam na redução da capacidade funcional e alterações da composição corporal. Objetivo: Comparar a frequência da prática de atividade fí­sica, comportamento sedentário, composição corporal e estado nutricional entre idosos praticantes de diferentes tipos de exercí­cios. Materiais e métodos: Estudo transversal, o qual participaram 120 idosos, sendo 40 praticantes de musculação, 40 praticantes de hidroginástica e 40 praticantes de exercícios nas Academias da terceira idade. Foi utilizado um questionário sociodemográfico, a avaliação do índice de massa corporal (IMC), relação cintura quadril (RCQ), a Mini Nutritional Assessment (MNA) e o Internationa Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os dados foram analisados por meio dos testes Kolmogorov-Smirnov, Kruskal-Wallis, "U" de Mann-Whitney. O ní­vel de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Os idosos praticantes de hidroginástica apresentaram menor RCQ quando comparados aos demais grupos (p=0,007), e os idosos praticantes de musculação apresentaram melhor estado nutricional (p=0,002) e realizam mais atividades vigorosas em detrimentos aos seus pares (p<0,05). Conclusão: Parece que a prática de musculação interfere na frequência da prática de atividade fí­sica, no menor tempo em comportamento sedentário e melhor estado nutricional quando comparado com os praticantes de hidroginástica e de exercí­cios nas ATI.

Referências

-Baert, V.; Gorus, E.; Mets, T.; Geerts, C.; Bautmans, I. Motivators and barriers for physical activity in the oldest old: A systematic review. Ageing Res Rev. Vol. 10. Num. 4. 2011. p. 464-474.

-Benedetti, T.R.B.; Gomez, L.S.R.; Lopes, A.C.S.; Chodzko-Zajko, W.; Schwingel, A.C. Programa “VAMOS” (Vida Ativa Melhorando a Saúde): da concepção aos primeiros resultados. Revista Brasileira de Cineantropometria Desempenho Humano. Vol. 14. Num. 6. 2012. p. 723-737.

-Brucki, S.M.D.; Nitrini, R.; Caramelli, P.; Bertolucci, P.H.F.; Okamoto, I.H. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Vol. 61. Num. 3. 2003. p. 777-781.

-Burton, E.; Farrier, K.; Lewin, G.; Pettigrew, S.; Hill, A.M.; Airey, P.; Bainbridge, L.; Hill, K.D. Motivators and Barriers for Older People Participating in Resistance Training: A Systematic Review. Journal of Aging and Physical Activity. Vol. 25. Num. 2. 2017. p. 311-324.

-Cassou, A.C.N.; Fermino, R.C.; Santos, M.S.; Rodriguez-Anes, C.R.; Reis, R.S. Barreiras para a atividade física em idosos: uma análise por grupos focais. Revista de Educação Física da UEM. Vol. 19. Num. 3. 2008. p. 353-360.

-Chodzko-Zajko, W.J.; Proctor, D.N.; Singh, M.F.A.; Minson. C.; Nigg, C.T.; Salem, G.J.; Skinner, J.S. American College of Sports Medicineposition stand: Exercise and physical activity for older adults. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 41. Num. 1. 2009. p. 1510-1530.

-Cerri, A.S.; Simões, R. Hidroginástica e Idosos: por que eles praticam? Revista Movimento. Vol. 13. Num. 1. 2007. p. 81-92.

-Cortez, A.C.L.; Martins, M.C.C. Indicadores antropométricos do estado nutricional em idosos: uma revisão sistemática. Journal of Health Sciences. Vol. 14. Num. 4. 2012. p. 271-277.

-Dumith, S. Atividade física e sedentarismo: diferenciação e proposta de nomenclatura. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol. 15. Num 4. 2010. p. 253-254.

-Dunstan, D.W.; Owen, N. New exercise prescription: don’t just sit there: stand up and move more, more often. Archives of Internal Medicine. Vol. 172. Num. 6. 2012. p. 500-501.

-Farencena, E.Z.P.; Oliveira, M.G.; Rodrigues, E.S.R.; Rezende, A.A.B. O papel da hidroginástica na saúde do homem idoso. Amazônia Science & Health. Vol. 3. Num, 1. 2015. p. 3-9.

-Ferreira, A.A.; Menezes, M.F.G.; Tavares, E.L.; Nunes, N.C.; Souza, F.P.; Albuquerque, N.A.F.; Pinheiro, M.A.M. Estado nutricional e autopercepção da imagem corporal de idosas de uma Universidade Aberta da Terceira Idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Vol. 17. Num. 2.2014. p. 289-301.

-Folstein, M.F.; Folstein, S.E.; Mchugh, P.R. “Mini-mental state”: a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research. Vol. 12. Num. 13. 1975. p. 189-198.

-Galloza, J.; Castillo, B.; Micheo, W. Benefits of Exercise in the Older Population. Physical Medicine & Rehabilitation Clinics of North América. Vol. 28. Num. 4. 2017. p. 659-669.

-Gómez-Cabello, A.; Pedrero-Chamizo, R.; Olivares, P.R.; Hernández-Perera, R.; Rodríguez-Mar-royo, J.A.; Mata, E. Sitting time increases the overweight and obesity risk independently of walking time in elderly people from Spain. Maturitas. Vol. 73. Num. 4. 2012. p. 337-343.

-Gozzi, S.D.; Bertolini, S.M.M.G.; Lucena, T.F.R. Impacto das academias da terceira idade: comparação da capacidade motora e cognitivaente praticantes e não praticantes. ConScientiae & Saúde. Vol. 15. Num. 1. 2016. p. 15-23.

-Gubiani, G.L.; Pires Neto, C.S., Petroski, E.L.; Lopes, A.S. Efeitos da hidroginástica sobre indicadores antropométricos de mulheres entre 60 e 80 anos de idade. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 3. Num. 1. 2001. p. 34-41.

-Han, T.S.; Tajar, A.; Lean, M.E.J. Obesity and weight management in the elderly. British Medical Bulletin. Vol. 97. Num. 1. 2011. p. 169 -196.

-Hinman, R.S.; Heywood, S.E.; Day, A.R. Aquatic physical therapy for hip and knee osteoarthritis: results of asingle-blind randomized controlled trial. Physical Therapy. Vol. 87. Num. 1. 2007. p. 32-43.

-Jacobs, E.J.; Newton, C.C.; Wan, Y.; Patel, A.V.; McCullough, M.L.; Campbell, P.T. Thun,M.J.;Gapstur,S.M. Waist Circumference and All-Cause Mortality in a Large US Cohort. Archives of Internal Medicine Vol. 170. Num. 15. 2010. p. 1293-1301.

-Janssen, I.; Ross, R. Linking age-related changes in skeletal muscle mass and composition with metabolism and disease. J Nutr Health Aging. Vol. 9. Num. 6. 2005. p. 408-419.

-Kim, H.; Hirano, H.; Edahiro, A.; Ohara, Y.; Watanabe, Y.; Kojima, N.; Kim, M.; Hosoi, E.; Yoshida, Y.; Yoshida, H.; Shinkai, S. Sarcopenia: Prevalence and associated factors based on different suggested definitions in community-dwelling older adults. Geriatrics & Gerontology International. Vol. 16. Num. 1. 2016. p. 110-122.

-Loyola, W.S.; Camillo, C.A.; Torres, C.V.; Probst, V.S. Effects of an exercise model based on functional circuits in an older population with different levels of social participation. Geriatrics & Gerontology International. Vol. 18. Num. 2.2018. p. 216-223.

-Malta, D.C.; Berna, R.T.I.; Lima, M.G.; Araújo, S.S.C.; Silva, M.M.A.; Freitas, M.I.F.; Barros, M.B.A. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Revista de Saúde Pública. Vol. 51. Num. 1. 2017. p. 1-10.

-Matsudo, S.; Araújo, T.; Matsudo, V.; Andrade, D.; Andrade, E.; Oliveira, L.C.; Braggion, G. Questionário Internacional De Atividade Física (Ipaq): Estudo De Validade E Reprodutibilidade No Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Vol. 6. Num. 2. 2002. p. 5-18.

-Meredith-Jones, K.; Waters, D.; Legge, M.; Jones, L. Upright water-based exercise to improve cardiovascular and metabolic health: a qualitative review. Complementary Therapiesin Medicine. Vol. 19. Num. 2. 2011. p. 93-103.

-Nardo, A.C.F. A utilização das Academias da Terceira Idade na promoção da saúde em Maringá-PR. Dissertação de Mestrado. UNIB. Brasília. 2013.

-Oliveira, D.V.; Araújo, A.P.S.; Bertolini, S.M.M.G. Capacidade funcionale cognitiva de idosas praticantes de diferentes modalidades de exercícios físicos. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste. Vol. 16. Num. 6. 2015. p. 872-880.

-Oliveira, M.A.M.; Fagundes, R.L.M.; Moreira, E.A.M.; Trindade, E.B.S.M.; Carvalho, T. Relación de indicadores antropométricos con factores de riesgo para enfermedad cardiovascular. Arquivos Brasileiro de Cardiologia. Vol. 94. Num. 4. 2010. p. 478-485.

-Owen, N.; Healy, G.N.; Matthews, C.E.; Dunstan, D.W. Too much sitting: the population health science of sedentary behavior. Exercise and Sport Sciences Reviews. Vol. 38. Num. 3. 2010. p. 105-113.

-Palma, A.; Vilaça, M.M.; Assis, M.R. Excertos sobre o sedentarismo. Revista Brasileira de Ciência do Esporte. Vol. 36. Num. 3. 2014. p. 656-662.

-Pavey, T.G.; Peeters, G.G.; Brown, W.J. Sitting-time and 9-year all-cause mortality in older women. Archives of Internal Medicin. Vol. 49. Num. 2. 2012. p. 95-99.

-Pereira, L.C. Manual de orientação para idosos na utilização de academia da terceira idade-ATI. Dissertação de Mestrado. UNIPAR. Londrina. 2017.

-Pereira, I.F.S.; Spyrides, M.H.C.; Andrade, L.M.B. Estado nutricional de idosos no Brasil: uma abordagem multinível. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 32. Num. 5. 2016. p. 1-11.

-Pinheiro,R.S.; Viacava, F.; Travassos, C.; Brito, A.S. Gênero, morbidade, acesso e Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 7. Num. 5. 2002. p. 687-707.

-Pitanga, F.J.G.; Lessa, I. Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em adultos. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 21. Num. 3. 2005. p. 870-877.

-Racette, S.B.; Evans, E.M.; Weiss, E.P.; Hagberg, J.M.; Holloszy, J.O. Abdominal adiposity is a stronger predictor of insulin resistance than fitness among 50-95 year olds. Diabetes Care. Vol. 29. Num. 3. 2006. p. 673-678.

-Santos, A.C.O.; Machado, M.M.D.O.; Leite, E.M. Envelhecimento e alterações do estado nutricional. Geriatria e Gerontologia. Vol. 4. Num. 3. 2010. p. 168-175.

-Sardinha, L.B. Comportamento Sedentário –Epidemiologia e Relevância. Revista Factor de Risco. Vol. 27. Num. 1. 2012. p. 54-64.

-Simas, V.; Hing, W.; Pope, R.; Climstein, M. Effects of water-based exercise on bone health of middle-aged and older adults: a systematic review and meta-analysis. Journal of Sports Medicine. Vol. 27. Num. 8. 2017. p. 39-60.

-Stewart, V.H.; Saunders, D.H.; Greig, C.A. Responsiveness of muscle size and strength to physical training in very elderly people: a systematic review. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. Vol. 24. Num. 1. 2014. p. 1-10.

-Suzuki, C.S.; Moraes, A.S.; Freitas, I.C.M. Média diária de tempo sentado e fatores associados em adultos residentes no município de Ribeirão Preto-SP, 2006: Projeto OBEDIARP. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 13. Num. 4. 2010. p. 699-712.

-Tomasi, E.; Nunes, B.P.; Thumé, E.; Silveira, D.S.; Siqueira, F.V.; Piccini, R.X.; Silva, S.M.; Dilélio, A.S.; Facchini, L.A. Utilização de serviços de saúde no Brasil: associação com indicadores de excesso de peso e gordura abdominal. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 30. Num. 7. 2014. p. 1515-1524.

-Tsourlou, T.; Benik, A.; Dipla, K.; Zafeiridis, A.; Kellis, S. The effects of a twenty-four-week aquatic training program onmuscular strength performance in healthy elderly women. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 20. Num. 4. 2006. p. 811-818.

-Vellas, B.; Guigoz, Y.; Garry, P.J.; Nourhashemi, F.; Bennahum, D.; Lauque, S.; Albarede, J.L. The Mini Nutritional Assessment (MNA) and Its Use in Grading the Nutritional State of Elderly Patients. Nutrition. Vol. 15. Num. 2. 1999. p. 116-122.

-Yamamoto, S.; Nakagawa, T.; Matsushita, Y.; Kusano, S.; Hayashi. T.; Irokawa, M.; Aoki, T.; Korogi, Y.; Mizoue, T. FatArea and Markers of Insulin Resistance in Relation to Colorectal Neoplasia. Diabetes Care. Vol. 33. Num. 1. 2010. p. 184-189.

-World Health Organization. Physical activity and older adults: Recommended levels of physical activity for adults aged 65 andabove, 2015.

Publicado
2019-01-23
Como Citar
de Oliveira, D. V., da Silva, T. P. de S., Scherer, F. C., do Nascimento Júnior, J. R. A., & Antunes, M. D. (2019). O tipo de exercí­cio fí­sico interfere na frequência da prática de atividade fí­sica, comportamento sedentário, composição corporal e estado nutricional do idoso?. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 13(77), 3-16. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1211
Seção
Artigos Científicos - Original