Análise da bulimia em atletas do gênero feminino de alto rendimento da modalidade de ginástica rí­tmica de Toledo/PR

  • Aiessa Balko Smaniotto Programa de Pós Gradução Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica - Nutrição Esportiva. Graduação em 2007 pela Universidade Paranaense, Pós Graduada em Nutrição Clí­nica pela mesma universidade
  • Clara Belincanta Borghi Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica - Nutrição Esportiva. Graduação em 2008 pela Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná
  • Rafaela Maria Fernandes Pereira Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica - Nutrição Esportiva. Graduação em 2008 pela Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná
  • Francisco Navarro Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica - Nutrição Esportiva
Palavras-chave: Bulimia, Performance, Ginástica rítmica, Atleta

Resumo

O objetivo do presente estudo é avaliar a predisposição da ocorrência de bulimia de uma equipe de atletas de ginástica rítmica (GR), do gênero feminino, com idades entre 9 e 20 anos de uma equipe de Toledo/PR. Para análise de um possível perfil bulímico, foi utilizado o questionário Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo – BITE, contendo questões relativas a dados antropométricos, do peso, freqüência das refeições, medicação, padrão alimentar e outros. Participaram do estudo, 22 atletas, com idade de 9 a 20 anos. Contudo, a maioria das ginastas percebe-se com peso médio (50%). Se considerar as classificações percebidas de gordo e muito gordas, tem-se uma freqüência também alta (27,27%), que pode indicar predisposição de bulimia, uma vez que, em torno de 77% da amostra parece revelar preocupação com o peso, em função do peso ideal para a prática e competição. Próximo de um quarto das ginastas indicaram sentir-se abaixo do peso (22,73%) e nenhuma delas julgou-se muito abaixo. As participantes também menciona-ram, em sua grande maioria (59,09%), que não tiveram nenhum tipo de problema alimentar. As que tiveram foram 40,91%, constituindo parte amostral considerável. Apenas duas ginastas (9,09%) fazem dieta, enquanto a quase totalidade (90,91%) não o fazem. Seria necessário o encaminhamento das atletas para avaliação com um profissional psiquiatra para elucidar o diagnóstico para transtorno alimentar.

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Publicado
2012-01-11
Como Citar
Smaniotto, A. B., Borghi, C. B., Pereira, R. M. F., & Navarro, F. (2012). Análise da bulimia em atletas do gênero feminino de alto rendimento da modalidade de ginástica rí­tmica de Toledo/PR. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 3(17). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/140
Seção
Artigos Científicos - Original