Associação entre estado nutricional e desempenho físico em praticantes de futebol americano
Resumo
O futebol americano (FA) é um esporte intermitente de alta intensidade que possui demandas energéticas específicas, tornando a nutrição, entre outros fatores, protagonista no desempenho atlético de praticantes de FA. O objetivo desse estudo foi verificar aassociação entre o estado nutricional e o desempenho físico de praticantes de FA. Foram incluídos 34 praticantes de FA, de três equipes diferentes da cidade de Curitiba-PR, de nível regional. Foram realizadas avaliações antropométricas, inquérito alimentar e testes de desempenho físico. Nossos principais achados foram que 73,5% dos praticantes estão acima do peso e 41,1% enquadrados estão classificados em algum grau de obesidade. Além disso, 35,2% apresentam maior risco de alterações negativas em desfechosmetabólicos e cardiovasculares. Variáveis de composição corporal (e.g. índice de massa corporal, circunferência abdominal e percentual de gordura corporal) foram correlacionadas significativamente com testes de desempenho físico (e.g. sprint de 40 e 20 jardas, exercício dos três cones e salto horizontal). Nossos achados sugerem que o estado nutricional afeta o desempenho físico em praticantes de FA. Treinadores, nutricionistas e praticantes da modalidade devem atentar-se para avaliações nutricionais periódicas para que não haja chance dos praticantes terem seu desempenho comprometido negativamente.
Referências
-Anzell, A.; Potteiger, J.; Kraemer, W.; Otieno, S. Changes in Height, Body Weight, and Body Composition in American Football Players From 1942 to 2011. Journal of Strength and Conditioning Research. Michigan. Vol. 27. Num. 2. 2013. p. 277-284.
-Avelino, G.F.; Previdelli, A.N.; Castro, M.A.; Marchioni, D.M.L. Sub-relato da ingestão energética e fatores associados em estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública. Vol. 30. Num. 3. 2014. p. 663-668.
-Barbi, L.F.; Almeida, G.C.; Evangelista, A.L. Correlação entre o estilo de vida e o perfil antropométrico de jogadores de futebol americano. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 12. Num. 75. Suplementar 1. 2018. p. 922-928.
-Binkley, T.L.; Daughters, S.W.; Weidauer, L.A.; Vukovich, M.D. Changes in body composition in Division I football players over a competitive season and recovery in off-season. Journal of strength and conditioning research. Brookings. Vol. 29. Num. 9. 2015. p. 2503-2512.
-Bosch, T.A.; Carbuhn, A.; Stanforth, P.R.; Oliver, J.M.; Keller, K.A.; Dengel, D.R. Body composition and bone mineral density of Division I collegiate Football players, a consortium of college athlete research (C_CAR) study. Journal of strength and conditioning research. Minneapolis. Vol.33. Num. 5. 2019. p. 1339-1346.
-Davis, J.; Baker, L.; Barnes, K.; Ungaro, C.; Stofan, J. Thermoregulation, fluid balance, and sweat losses in american football players. Sports Medicine. Barrington. Vol. 46. Num. 10. 2016. p. 1391-1405.
-Dengel, D.; Bosch, T.; Burruss, T.A.; Fielding, K.E.; Engel, B.L.; Weir, N. Body Composition and Bone Mineral Density of National Football League Players. Journal of Strength and Conditioning Research. Minneapolis. Vol. 28. Num. 1. 2014. p. 1-6.
-Gibson, S.G. Principles of nutrition assessment. Oxford: Oxford University Press. Chapter 4. 1990.
-Hedlund, D.P. Performance of future elite players at the NFL Scouting Combine. Journal of Strength and Conditioning Research. Nova Iorque. Vol. 32. Num. 11. 2018. p. 3112-3118.
-Heyward, V.H.; Stolarczyk, L.M. Avaliação da composição corporal aplicada: fundamentos da composição corporal. São Paulo. Manole. 2000. p. 243.
-Hoffman, J.R. Physiological demands of American Football. Sports Science Exchange. Orlando. Vol. 28. Num. 143. 2008. p. 1-6.
-Hoffman, J.R. The Applied Physiology of American Football. International Journal of Sports Physiology and Performance. Ewing. Vol. 3. Num. 3. 2015. p. 387-92.
-Hoffman, J.; Ratamess, N.; Kang, J. Performance Changes During a College Playing Career in NCAA Division III Football Athletes. Journal of Strength and Conditioning Research. Orlando. Vol. 25. Num. 9. 2011. p. 2351-2357.
-Kelly, J.M.; Wickkiser, J.D. For ‘Ideal Football Weight’ Assess Fat, Not Poundage. The Physician and Sportsmedicine. St. Cloud. Vol. 3. Num. 12. 1975. p. 38-42.
-Lambert, B.S.; Oliver, J. M.; Katt, G.R.; Green, J.S.; Martin, S.E.; Crouse, S.F. DEXA or BMI: Clinical considerations for evaluating obesity in collegiate Division I-A American Football athletes. Clinical Journal of Sport Medicine. San Antonio. Vol. 22. Num. 5. 2012. p. 436-438.
-Lancha Junior, A.H. Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo. Vol. 25. Num. 5. 2011. p. 45-51.
-Melvin, M.; Smith-Ryan, A.; Wingfield, H.; Ryan, E.; Trexler, E.; Roelofs, E. Muscle Characteristics and Body Composition of NCAA Division I Football Players. Journal of Strength and Conditioning Research. Chapel Hill. Vol. 28. Num. 12. 2014. p. 3320-3329.
-Miller, T.A.; White, E.D.; Kinley, K.A.; Congleton, J.J.; Clark, M.J. The Effects of Training History, Player Position, and Body Composition on Exercise Performance in Collegiate Football Players. Journal of Strength and Conditioning Research. Washington, DC. Vol. 16. Num. 1. 2002. p. 44-49.
-Ode, J.J.; Pivarnick, J.M.; Reeves, M.J.; Knous. J.L. Body mass index as a predictor of percent fat in college athletes and nonathletes. Medicine & Science in sports & Exercise. East Lancing. Vol. 39. Num. 3. 2006. p. 403-409.
-Petroski, E.L. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a estimativa da densidade corporal em adultos. Tese de Doutorado. Santa Maria-RS. UFSM. 1995.
-Pincivero, D.M.; Bompa, T.O. A physiological review of American football. Sports Medicine. Pittsburgh. Vol. 23. Num. 4. 1997. p. 247-60.
-Secora, C.; Latin, R.; Berg, K.; Noble, J. Comparison of Physical and Performance Characteristics of NCAA Division I Football Players: 1987 and 2000. The Journal of Strength and Conditioning Research. Nebraska. Vol. 18. Num. 2. 2004. p. 286-291.
-Stodden, D.; Galitski, H. Longitudinal Effects of a Collegiate Strength and Conditioning Program in American Football. Journal of Strength and Conditioning Research. Texas. Vol. 24. Num. 9. 2010. p. 2300-2308.
-Torres-Mcgehee, T.M.; Pritchett, K.L.; Zippel, D.M.; Cellamare, A.; Sibilia, M. Sports nutrition knowledge among collegiate athletes, coaches, athletic trainers, and strength and conditioning specialists. Journal of Athletic Training. Columbia. Vol. 47. Num. 2. 2012. p. 205-211.
-Trexler, E.T.; Smith-Ryan, A.E.; Mann, J.B.; Ivey, P.A.; Hirsch, K.R.; Mock, M.G. Longitudinal body composition changes in NCAA Division I college football players. Journal of strength and conditioning research. Chapel Hill. Vol. 31. Num. 1. 2017. p. 1-8.
-Turnagol, H.H. Body composition and bone mineral density of collegiate American Football players. Journal of human kinetics. Ankara. Vol. 51. Num. 1. 2016. p. 103-112.
-Viechtbauer, W.; Smits, L.; Kotz, D.; Budé, L.; Spigt, M.; Serroyen, J.; Crutzen R. A simple formula for the calculation of sample size in pilot studies. Journal of Clinical Epidemiology. Maastricht. Vol. 68. Num. 11. 2015. p. 1375-1379.
Copyright (c) 2023 Mauro Felipe Bernardo, Alysson Enes, Carla Corradi Perini, Tácito Pessoa Souza Júnior

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).