Perfil da frequência de consumo alimentar de atletas amadores (corredores de rua)

  • Claudia de Oliveira Lima Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
  • Débora Machado Gropo Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
  • Maria Sant`Ana Marquez Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
  • Vilma Panza Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Consumo alimentar, Qualidade de vida, Atletas amadores

Resumo

Embora, em geral, não sejam submetidos a um estresse fisiológico tão acentuado quanto atletas profissionais, atletas amadores, certamente, necessitam de atenção especial com sua alimentação, visto que também há a preocupação com o desempenho. O estudo teve como objetivo avaliar a freqüência do consumo alimentar de atletas corredores de rua residentes na cidade do Rio de Janeiro. Quarenta e três corredores amadores (26 homens e 17 mulheres) responderam um questionário contendo informações sobre volume e freqüência do treinamento e alimentação. A maioria dos indivíduos estudados (62,8%) mostrou um insatisfatório número de refeições (3-4 refeições/dia). Aproximadamente metade do grupo apresentou adequadas freqüências de consumo (4-7 vezes/semana) de frutas, vegetais e leguminosas (51,2%, 55,8%, 48,8%, respectivamente). As freqüências de consumo alimentar para os grupos de cereais, carnes e ovos, e leite e derivados, foram adequadas (4-7 vezes/semana) para a maior parte dos atletas avaliados (76,7%, 67,4% e 58,1%, respectivamente). Embora o consumo hídrico tenha sido satisfatório (8 copos/dia) para a maioria dos indivíduos (65,1%), o esquema de hidratação ainda foi insuficiente para muitos indivíduos (34,9%). Os resultados sugerem que a orientação nutricional por um profissional especializado é indispensável para a adequação do padrão alimentar do atleta amador, o que pode favorecer o atendimento das demandas nutricionais em resposta ao treinamento.

Referências

American College of Sports Nutrition, American Dietetic Association, Dietitians of Canada. Joint Position Statement: nutrition and athletic performance. Medicine & Science in Sports & Exercise 2000; 32:2130-2145.

Camiña, S.M.; Kazapi, I.A.M. Avaliação do perfil nutricional e conhecimento de nutrição de atletas de voleibol. Nutrição em Pauta 2004; 69:20-24.

Carvalho, T.; Nóbrega, A.C.L.; Lazzoli, J.K.; Magni, J.R.T.; Rezende, L.; Drummond, F.A.; e colaboradores. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Revista Brasileira de Medicina Esportiva 1996; 2(4):79-81.

Carvalho, T. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do esporte – Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte 2003; 9(2): 43-56.

Coelho, C.F.; Sakzenian, V.M.; Burini, R.C. Ingestão de carboidratos e desempenho físico. Nutrição em Pauta 2004; 67:51-56.

Coyle, E.E. Fluid and carbohidrate replacement during exercise: how much and why?. Gatorade Sports Science Institute 1994; 50 (7), n.3.

Curi, R.; Lagranha, C.J.; Rodrigues, J.G.J.; Pithon-Curi, T.C.; Lancha, A.H.J.; Pellegrinotti, I.L.; e colaboardores. Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de ácidos graxos durante o exercício aeróbico. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo 2003; 47(2): 135-143.

Franco, V.M.F.; Manfroi, W.C. Ácidos graxos trans e a saúde cardiovascular. Nutrição em pauta 2005; 71: 37-43.

Gonzáles-Gross, M.; Guitiérrez, A.; Mesa, J.L.; Ruiz-Ruiz, J.; Castillo, M.J. La nutrición en la practica deportiva: Adaptación da la pirámide nutricional a las características de la dieta del deportista. Archivos Latinoamericanos de Nutrición 2001; 51(4)

Marquezi, M.L.; Lancha, A.H.J. Estratégias de reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas. Revista Paulista de Educação física, 1998; 12 (2):219-227.

McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Nutrição Ideal para o exercício. In: Fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003: 83-106.

Mendes-Netto, R.S.; Burini, R.C. Efeito da oferta e do balanço de energia sobre o balanço protéico. Nutrire: Revista da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição 2000, 19/20: 129-144.

Oppligre, R.A.; Bartok, C. Hydration Testing of Athletes. Sports Medicine 2002; 32 (15):959-971.

Ravagnani, C.C.; Bastos, J.M.; Carolina, F.S.; Burini, R.C. Ergogênese nutricional dos lipídios e seus facilitadores metabólicos em exercícios prolongados.

Ryan, M. Complete guide to sports nutrition. Colorado: Velopress, 1999. 326p. 16- World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. WHO Technical Report Series 1995, 854.

Publicado
2012-01-05
Como Citar
Lima, C. de O., Gropo, D. M., Marquez, M. S., & Panza, V. (2012). Perfil da frequência de consumo alimentar de atletas amadores (corredores de rua). RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 1(4). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/35
Seção
Artigos Científicos - Original