Parâmetros nutricionais de atletas de Rugby feminino
Resumo
A nutrição possui um papel fundamental quando se trata de atletas jovens, pois nessa fase a ingestão de energia adequada é necessária para atender às necessidades de crescimento e desenvolvimento, bem como as demandas associadas à atividade física. Visto que uma alimentação inadequada pode desencadear diversos problemas de saúde, inclusive o aumento do risco de lesões, o presente estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros nutricionais em atletas de rugby feminino. Este é um estudo observacional descritivo, com amostra composta por 9 atletas de rugby feminino. Para análise dos parâmetros nutricionais foi realizada a avaliação física das atletas (peso, altura, circunferências, dobras cutâneas, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura) e os dados sobre perfil alimentar foram obtidos por meio de um questionário de frequência alimentar (QFA). A média de peso foi de 57,19 ± 9,48 kg, com altura média de 1,59 ± 0,038 metros. A média de percentual de gordura foi de 24,68 ± 5,62 %, sendo a metade da amostra classificada com percentual acima do normal. Considerando o índice altura para idade, todas foram classificadas como altura adequada para idade. Quanto ao índice IMC para idade, a maior parte foi classificada como eutrófica. Apesar das atletas relatarem baixo consumo de alimentos considerados não saudáveis, o consumo de alimentos saudáveis parece insuficiente. São necessárias mais ações de educação nutricional para conscientizar as atletas dessa faixa etária, considerando que hábitos e aprendizagens na adolescência influenciam no comportamento em muitos aspectos ao longo da vida.
Referências
-Aerenhouts, D.; Deriemaeker, P.; Hebbelinck, M.; Clarys, P. Energy and macronutrient intake in adolescent sprint athletes: A follow-up study. J. Sports Sci. Vol. 29. Num. 1. 2011. p. 73-82.
-Australian Institute of Health and Welfare (AIHW). Australia’s Health 2012. Canberra: Australian Institute of Health and Welfare. 2012.
-Bass, S.; Inge, K. Nutrition for special populations: Children and young athletes. In: Burke, L. M.; Deakin, V. (Eds.). Clinical Sports Nutrition, 4 edição. Sydney. McGraw Hill. p. 508-546. 2010.
-Bowman, S.; Gortmaker, S.; Ebbeling, C.; Pereira, M.; Ludwig, D. Effects of fast-food consumption on energy intake and diet quality among children in a national household survey. Pediatrics. Vol. 113. Num. 1. 2004. p. 112-118.
-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2 edição. Brasília. Ministério da Saúde. 2014.
-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para avaliação de marcadores de consumo alimentar na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde. 2011.
-Campa, F.; Piras, A.; Raffi, M.; Toselli, S. Functional movement patterns and body composition of high-level volleyball, soccer, and rugby players. J. Sport Rehabil. Vol. 28. Num. 7. 2018. p. 740-745.
-Cadore, E.; Pinheiro, E.; Izquierdo, M.; Correa, C.; Radaelli, R.; Martins, J.; Lhullier, F.; Laitano, O.; Cardoso, M.; Pinto, R. Neuromuscular, hormonal, and metabolic responses to different plyometric training volumes in rugby players. J. Strength Cond. Res. Vol. 27. Num. 11. 2013. p. 3001-3010.
-Duthie, G.; Pyne, D.; Hooper, S. Applied physiology and game analysis of rugby union. Sports Med. Vol. 33. Num. 13. 2003. p. 973-991.
-Dacres-Mannings, S.S.; Rochester, S.; Frail, H. Anthropometric profiles of Australian Rugby Institute, Club and State Level Rugby Union Players. 2001.
-Filho, A.; Barros, M.B.A.; Fisberg, R.M.; Domene, S.M.Á.; Zangirolani, L.T.O.; Oliveira, J.M. de; Alves, M.C.G.P.; Luz, V.G. ISACAMP-NUTRI: Manual do Entrevistador. Departamento de Saúde Coletiva. Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Federal de Campinas. 2014.
-Lohman, T.G. The use of skinfolds to estimate body fatness on children and youth. J. Phys. Educ., Recreat. Dance. Vol. 58. Num. 9. 1987. p. 67-69.
-Meyer, F.; O'connor, H.; Shirreffs, S. Nutrition for the young athlete. J. Sports Sci. Vol. 25. Num. 1. 2007. S73-S82.
-Nattiv, A.; Loucks, A.; Manore, M.; Sanborn, C.; Sundgot-Borgen, J.; Warren, M. American College of Sports Medicine position stand. The female athlete triad. Med. Sci. Sports Exerc. Vol. 39. Num. 10. 2007. p. 1867-1882.
-National Health and Medical Research Council (NHMRC). Clinical Practice Guidelines for the Management of Overweight and Obesity in Adults, Adolescents and Children in Australia. Melbourne: National Health and Medical Research Council. 2013.
-Neutzling, M.B.; Assunção, M.C.F.; Malcon, M.C.; Hallal, P.C.; Menezes, A.M.B. Hábitos alimentares de escolares adolescentes de Pelotas, Brasil. Rev. Nutr. Vol. 23. Num. 3. 2010.
-Onis, M.; Onyango, A.W.; Borghi, E.; Siyam, A.; Nishida, C.; Siekmann, J. Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bull. World Health Organ. Vol. 85. Num. 9. 2007. p. 660-667.
-Pereira, E.; Pretto, A.; Muller, C.; Pinheiro, E.; Salerno, P.; Uliano, G. Consumo alimentar, conhecimento nutricional e composição corporal de jovens atletas femininas de rugby. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 17. Num. 103. 2023. p. 198-205.
-Putnam, J.; Allshouse, J.; Kantor, L. U.S. Per Capita Food Supply Trends: More Calories, Refined Carbohydrates and Fats. Food Rev./Natl. Food Rev. Vol. 25. 2002.
-Rossi, L.; Nadai, C.E. Nutrição esportiva: uma visão prática (Rugby). 2. Edição revisada e ampliada. São Paulo. Manole. 2008.
-Slaughter, M.H.; Bouchard, C.; Hamilton, P. M.; Beleza, A.; Hunter, G.; St. Jean, S.; Henderson, M.; Bernstein, R. Estimating body fat from skinfold thickness: a comparison of the Slaughter, Durnin, and Womersley methods. J. Appl. Physiol. Vol. 64. Num. 1. 1988. p. 30-35.
-Silva, J.B.; Elias, B.C.; Warkentin, S.; Mais, L. A.; Konstantyner, T. Fatores associados ao consumo de alimentos ultraprocessados em adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2015. Rev. Paul. Pediatr., 2022.
-Santos, F.G.; Rossi, L. Avaliação antropométrica de atletas de rugby. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 5. Num. 27. 2011. p. 224-229.
-Santos, J.C.S.; Carvalho, D.M.A.; Pinho, L. Consumo de alimentos ultraprocessados por adolescentes. Adolesc. Saude. Vol. 16. Num. 2. 2019. p. 56-63.
-Sousa, J.G.; Lima, L.R.; Fernandes, C.R.S.; Santos, G.M. Atividade física e hábitos alimentares de adolescentes escolares: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE), 2015. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 13. Num 77. 2019. p. 87-93.
-WHO. World Health Organization. Nutrition in adolescence: issues and challenges for the health sector: issues in adolescence, health and development. Geneva. 2005.
-Willet, W. Food-Frequency Methods. In: Willet, W. (Ed.). Nutritional Epidemiology, 2. ed. New York: Oxford University Press, 1998. Online edn. Oxford Academic. 2009.
-Vitolo, M.R. Recomendações dietéticas para adolescentes. In: Vitolo, M. R. (Org.). Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro. Reichmann. 2003. p. 206-215.
Copyright (c) 2025 Carolina Corrêa de Souza, Larissa dos Santos Gadea, Gustavo Dias Ferreira

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).