O impacto do baixo consumo energético relativo nos biomarcadores bioquímicos de testosterona e cortisol em atletas: uma revisão integrativa
Resumo
O conceito de Deficiência Energética Relativa no Esporte (RED-S), introduzido em 2014, ampliou a Tríade da Mulher Atleta para ambos os sexos, resultando de baixa disponibilidade energética e causando disfunções hormonais, metabólicas e reprodutivas, afetando negativamente a saúde e o desempenho. Sendo assim, o objetivo foi realizar uma revisão integrativa de literatura sobre o impacto do baixo consumo energético relativo nos biomarcadores bioquímicos de testosterona e cortisol em atletas. Foram realizadas coletas de artigos referente ao impacto do baixo consumo energético relativo nos biomarcadores bioquímicos de testosterona e cortisol em atletas sobre o tema tratado utilizando as bases de dados PubMed e Web of Science, com termos indexados como "Athletes", "RED-S", "Biomarkers", "Cortisol" e "Testosterone". Dos 15 artigos inicialmente encontrados, 8 foram excluídos, resultando em 7 artigos incluídos para a revisão integrativa, que abrangem um total de 267 atletas, sendo 229 homens e 38 mulheres, com idades médias em torno de 30 anos. A maioria dos estudos demonstrou que a baixa disponibilidade energética leva a um aumento do cortisol e uma diminuição da testosterona, especialmente em atletas de elite e resistência, destacando os riscos de RED-S e o impacto no desempenho esportivo e saúde. A baixa disponibilidade energética impacta negativamente os biomarcadores hormonais, como o aumento do cortisol e a diminuição da testosterona, particularmente em atletas de elite e resistência, reforçando a necessidade de estratégias nutricionais adequadas para otimizar o desempenho e prevenir os riscos associados ao RED-S.
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